BRASIL
Governo reduz previsão de crescimento do PIB de 2,1% para 1,5%
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O governo federal reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2022, 2,1% para 1,5%. Para o próximo ano, foi mantida a projeção de crescimento de 2,5%.
Além da redução do PIB, o governo aumentou a projeção para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano, que passou de 4,7% para 6,55%.
As informações constam do Boletim Macrofiscal, divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Ministério da Economia.
O aumento na projeção da inflação ocorre um dia após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter elevado o juro básico da economia (Selic) de 10,75% para 11,75% ao ano, como forma de reduzir a atividade econômica e conter a alta nos preços.
Segundo o boletim, a expectativa é de que a inflação volte, a partir de 2023, para a meta definida, que é de 3,25% ao ano.
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PIB
Apesar da redução na expectativa de crescimento, o percentual se mantém acima da expectativa que o mercado financeiro projeta, de alta de 0,49% do PIB.
Para justificar a redução, o ministério disse que ainda estão presentes na economia os fatores que sustentam a previsão de crescimento este ano, que seriam a retomada dos empregos e o aumento dos investimentos.
“Entre fatores positivos para impulsionar o crescimento em 2022, elencam-se a taxa de poupança elevada, a recuperação do setor de serviços, a contínua melhora do mercado de trabalho e o robusto investimento, tanto privado como em parceria com o setor público”, diz o documento.
O governo espera um alto volume de investimentos do setor privado ao longo do ano. O boletim aponta para investimentos de R$ 78 bilhões, “o que equivale a um crescimento de 2,3% do investimento, com impacto de 0,45% no PIB”, diz o boletim.
Na avaliação do secretário de Política Econômica Pedro Calhman a perspectiva é positiva.
“A projeção do PIB foi revisada para baixo, em grande parte devido a fatores técnicos, estatísticos ligados aos números do PIB no ano passado. A guerra da Ucrânia também teve impacto. Mas olhando para frente, os fundamentos que vêm sustentando nossa previsão de crescimento do PIB em 2022 continuam presentes: são a recuperação do emprego e o aumento do investimento”, disse.
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Perspectiva
A equipe econômica disse ainda que monitora os impactos do conflito na Ucrânia, especialmente nas cadeias globais de valor, que já apresentam gargalos devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19).
“Adicionalmente, o risco da pandemia sobre o crescimento econômico e a inflação continuam sendo avaliados”, diz o documento.
O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, defendeu a política econômica do governo calcada no binômio consolidação fiscal e reformas pró-mercado. Colnago citou a relação da dívida bruta em relação ao PIB como um dos resultados. Atualmente, a projeção sinaliza para uma tendência de queda, passando de 84% em janeiro, para 82,7% em março.
O secretário disse ainda que é importante manter a consolidação fiscal para que, no médio e longo prazos, o país possa ter condições mais favoráveis para os investimentos e para a redução da taxa de juros.
“Estamos de novo em um ano desafiador e temos que ver como vamos caminhar daqui para a frente”, disse.
Edição: Denise Griesinger


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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