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Grande Rio tem tiroteios próximo a 59 escolas na 1ª semana das aulas

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Um levantamento do Instituto Fogo Cruzado apontou que 29 tiroteios ocorreram no entorno de 59 escolas e creches da região metropolitana do Rio de Janeiro, na primeira semana do ano letivo deste ano. Conforme o calendário divulgado tanto pelo governo do estado como pela maioria das prefeituras, as atividades escolares tiveram início em 6 de fevereiro.

Logo no primeiro dia de aula, um tiroteio levou ao fechamento de 12 escolas na Vila Kennedy, na zona oeste da capital. No dia 14, um novo episódio no bairro fez cinco instituições de ensino suspenderem as atividades. Na Cidade de Deus, também na zona oeste, alunos de diversas unidades escolares ficaram sem aulas no dia 10 de fevereiro.

O Fogo Cruzado surgiu em 2016, inicialmente como um aplicativo desenvolvido pela Anistia Internacional, para monitoramento de tiroteios e seus impactos em centros urbanos. Convertendo-se em um instituto com uma gestão independente, em 2018, ele administra atualmente uma plataforma que reúne diversos indicadores sobre violência armada em diferentes municípios do estado.

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Neste levantamento, foram consideradas ocorrências mapeadas em um raio de até 300 metros das instituições de ensino públicas e privadas durante o horário de aula. Na semana de 6 a 10 de fevereiro, houve ao todo 59 tiroteios na região metropolitana do Rio de Janeiro. Os 29 registrados no entorno de escolas e creches representam assim mais da metade do total.

A capital fluminense contabilizou o maior número dessas ocorrências. Foram 20, o que representa 69% do total. Também houve registros em Niterói (2), Duque de Caxias (2), São João de Meriti (2), Belford Roxo (1), Itaboraí (1) e Japeri (1). Ainda conforme o levantamento, 19 dos 29 tiroteios aconteceram durante operações policiais.

Em nota, a Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que suas ações planejadas cumprem rigorosamente as determinações legais e são baseadas em informações de órgãos oficiais, como agências de inteligência governamentais e o Instituto de Segurança Pública (ISP).

“Os confrontos são provocados por criminosos fortemente armados que tentam impedir a presença do Estado em espaços públicos”, diz nota da corporação. A PM informou que o índice de letalidade violenta de 2022 caiu em comparação a 2021, e que, no ano passado, efetuou mais de 34 mil prisões e apreendeu mais de 6 mil armas.

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Já a Secretaria de Estado de Educação informou que a direção das unidades escolares possui autonomia para tomar as providências para assegurar a integridade física de seus alunos, professores e funcionários. Por sua vez, a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro disse que, caso seja necessário, não hesita na suspensão das aulas com o objetivo de garantir a segurança de todos.

A pasta também disse que o Programa Acesso Mais Seguro, criado em parceria com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, instituiu protocolos para mitigação de riscos em unidades localizadas em áreas de conflito. Ele prevê, por exemplo, a possibilidade de oferta de ensino remoto em determinadas situações.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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