BRASIL
‘Há relatos de crianças soltando vermes pela boca’: Sônia Bridi se emociona ao descrever aldeias Yanomami ilhadas pelo garimpo
BRASIL
A maior reserva indígena do Brasil em extensão, o território Yanomami, tem sido palco de uma tragédia humanitária, com a morte dos povos originários, vítimas da desnutrição e da malária – resultado da invasão dos garimpeiros na região.
A jornalista Sônia Bridi detalha, em entrevista a Natuza Nery, o cenário de desolamento na região.
“Desci em duas aldeias que estavam ilhadas pelo garimpo – não é que o garimpo estava a 500 metros, 1 km da aldeia – estava dentro da aldeia”, descreve a repórter.”Eles [os garimpeiros] dizimaram toda a caça, que é o recurso alimentar dos Yanomami… Há relatos de crianças soltando vermes pela boca e violência sexual contra as meninas.”
Sônia conta ainda a história da imagem na qual aparece carregando uma criança Yanomami nos braços.
“Foi me dando uma dor no coração de pensar que a gente permitiu que isso acontecesse no nosso tempo no nosso país, debaixo da nossa guarda porque todos nós, brasileiros, nós somos responsáveis pelo que está acontecendo. A gente tem é que agora juntar os pedaços e correr atrás de resolver essa situação e salvar os que estão ainda lá.”


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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