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Justiça defere recuperação judicial de grupo com dívida de R$ 124 milhões

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A juíza Giovana Pasqual de Mello, da 4ª Vara Cível de Sinop deferiu nesta segunda-feira (18), o pedido de recuperação judicial da Agropecuária Três Irmãos Bergamasco, formada pela família de produtores rurais Bergamasco, com passivo de R$ 124 milhões. O grupo alegou no pedido de recuperação judicial que a baixa produtividade e a desvalorização das commodities nas duas últimas safras causaram grande crise financeira nas empresas do grupo.

Na decisão a magistrada determinou a suspensão do andamento de todas as ações ou execuções contra os devedores, contra qualquer bem considerado essencial para as atividades do grupo durante o período de seis meses, bem como prazo de 60 dias para apresentação do plano de recuperação judicial do grupo.

A magistrada nomeou ainda como administrador judicial do processo de recuperação judicial a empresa Ex Lege Administração Judicial.
Ao deferir o pedido, a juíza ressaltou que a medida visa viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira dos requerentes, permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, para assim preservar a atividade empresarial da Agropecuária Três Irmãos.

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Pedido de Recuperação Judicial

De acordo com o processo, a família atua há mais de 50 anos com atividades em Tapurah, Nova Mutum e Porto dos Gaúchos, e mesmo apesar da experiência no negócio, sofreu com a baixa produtividade da safra, e o baixo preço das commodities, principalmente nas safras de 2022 e 2023, quando a estimativa de venda da saca da soja era de R$ 150, mas foi comercializada a R$ 100, causando grande prejuízo ao grupo.

No pedido de recuperação judicial, o escritório ERS Advocacia, responsável pelo processo, esclareceu que apesar de toda experiência e dedicação da família ao negócio, os percalços financeiros acabaram cumulando com a dificuldade econômica do Grupo.

De acordo com Allison Sousa, Advogado do grupo, “Os produtores, além de colaborarem com a economia de Mato Grosso e do país, são responsáveis por inúmeros empregos diretos e indiretos, o que demonstra a importância social e a necessidade de preservação de suas atividades. Por isso precisaram da intervenção do Poder Judiciário para terem a oportunidade de negociar com todos os seus credores de uma única vez e em pé de igualdade, para demonstrar a eles que têm condições suficientes, se continuarem operando, de cumprir com as obrigações”.

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Crise no Agro em MT

A crise no agronegócio mato-grossense deve aumentar nos próximos meses por conta da quebra da safra de soja. Por conta desse cenário de crise, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta segunda-feira (18), em vídeo publicado nas redes sociais, que equipes técnicas do Governo Federal devem se reunir com autoridades e produtores de Mato Grosso para discutir a questão da soja no Estado, cujo plantio da safra 2023/24 foi prejudicado pela falta de chuvas e altas temperaturas.

“A soja não cumpriu o seu ciclo de maturação em função da seca, produzindo entre 10 e 20 sacas por hectare, o que é muito grave e muito preocupante”, explicou Fávaro.

Segundo o ministro, “medidas excepcionais” devem ser tomadas para minimizar os efeitos do clima nas lavouras e para a economia mato-grossense.

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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