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Locações na região central do Rio mostram aquecimento

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Os Indicadores Habitacionais da Cidade do Rio de Janeiro, divulgados nesta quinta-feira (16) pela Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi) e pelo Sindicato da Habitação (Secovi Rio), apontam para o aquecimento de locações na região central do município do Rio de Janeiro. “O centro do Rio vem tendo um aumento de procura e isso já é reflexo que o movimento Reviver Centro [da prefeitura carioca] traz”, disse presidente da Abadi, Rafael Thomé.

O Rio de Janeiro é o segundo maior mercado imobiliário do país, atrás de São Paulo.

Rafael Thomé informou que grandes empreendimentos residenciais estão sendo lançados no centro, o que “já muda o perfil das pessoas”, e trará a reativação do comércio. “É um tipo de vida que, hoje, o centro não tem”, disse Thomé.

A avaliação é que, no espaço de cinco anos, o centro do Rio de Janeiro pode ter uma transformação, atraindo investidores que estão sempre atentos a bons negócios. A procura por apartamentos maiores pelas famílias, observada no período pós-pandemia, se mantém e tornou-se um hábito do carioca. “Isso tudo vem trazendo um movimento maior para a cidade do Rio e o estado, que só têm a ganhar com esse aquecimento”.

Em termos de compra, a tendência observada na zona sul, principalmente, é por apartamentos menores, do tipo estúdio, e para veraneio, por parte de quem é de outros estados e, inclusive, de fora do país, visando aluguel por temporada.

O presidente do Secovi Rio, Pedro Wähmann, avalia que a crise bancária internacional que acontece no momento vai atrair investidores em busca de ativos que não “virem pó”.

Com a queda da taxa de desemprego e o cenário econômico brasileiro sendo bem conduzido, Wähmann acredita que levará à queda da taxa de juros, trazendo de volta investimentos para o mercado imobiliário carioca. “O centro do Rio está pronto. Tem tudo”, disse Wähmann.

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Segundo o presidente da Secovi, os imóveis comerciais estão se transformando em residenciais. “É uma tendência irreversível”. Para quem vai morar no centro, segundo ele, há inúmeras vantagens como a proximidade do trabalho, as condições de financiamento menores e o acesso à cultura.

Pesquisa

A pesquisa divulgada pela Abadi e Secovi Rio computou dados de dez administradoras de imóveis, analisando, em média, 8.785 imóveis para locação e 5.268 condomínios, totalizando 254.127 unidades do Rio de Janeiro. O objetivo foi demonstrar uma análise do mercado na cidade do Rio de Janeiro durante o último ano. Os dados foram enviados para uma auditoria externa e os números encaminhados para o Centro de Pesquisas e Análise da Informação do Secovi Rio (Cepai) para analisar os indicadores e confeccionar o estudo final.

Em termos de condomínios administrados, o levantamento revela que o percentual de condomínios residenciais e comerciais permaneceu praticamente igual. Em janeiro de 2022, eram 83,6% e 5,8%, respectivamente, e, em janeiro de 2023, alcançavam 85,4% e 5,7%, respectivamente. Já os condomínios mistos caíram de 10,6% para 8,9%, na mesma comparação. Em relação ao número de funcionários, os condomínios residenciais mantiveram faixa próxima de quatro empregados no período de 12 meses, enquanto nos comerciais o número caiu de 7,1 para 6,5 funcionários.

O gasto percentual nos condomínios residenciais revelou queda com as despesas com pessoal, que caíram de 47,3% em janeiro de 2022, para 39,1% em janeiro deste ano. O maior aumento de gastos observado no período ocorreu em água, que subiu de 18,5% para 25%. O atraso registrado na taxa condominial, que corresponde a uma conta em aberto, foi praticamente igual para condomínios residenciais, de 10,2%, e comerciais, 10,1%.

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Por porte, o atraso da taxa condominial foi maior nos condomínios menores (12,1%), onde a inadimplência é mais percebida do que nos de grande porte (9,3%). Por bairros, o atraso na taxa condominial residencial foi maior no Méier (11,2%), seguido de Copacabana (11,1%) e centro (11%). Já os menores atrasos foram registrados em São Conrado (6,4%) e no Flamengo (5,7%).

Nos condomínios comerciais, a maior inadimplência foi apurada em Madureira (18%) e na Tijuca (16,2%), enquanto Vila Isabel e Jardim Botânico tiveram as menores taxas de atraso (6,5% e 6,3%, respectivamente).

Endividamento

O presidente da Abadi disse que o endividamento dos brasileiros, que bateu recorde no ano passado, bem como o desemprego, influenciaram a inadimplência nos condomínios. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 77,9% das famílias brasileiras se declararam endividadas, em 2022. Do total de 14.988 ações condominiais movidas em 2022, as despesas condominiais representaram 13.353 ações, ou o correspondente a 89% do total. Os dados são do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).

No relativo ao atraso de aluguel de imóveis por bairros, a liderança também foi exercida pelo Méier nos imóveis residenciais, com taxa de 23,2%, contra 2% na Barra da Tijuca. Nos imóveis comerciais, São Cristóvão aparece com o maior atraso do aluguel (27,3%), enquanto os bairros do Flamengo e Recreio dos Bandeirantes mostram os menores atrasos (4,3% e 4,2%, respectivamente), no período de 12 meses.

As ações locatícias atingiram total de 3.991 no ano passado, sendo o despejo por falta de pagamento a maior motivação, com 67,4%.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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