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Maior festival do teatro universitário começa nesta quarta no Rio
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Pela primeira vez, o Festu – A Festa do Teatro concentra suas duas mostras em um mesmo espaço. Em sua 13º edição, o Festu será realizado a partir desta quarta-feira (19), às 19h, na Cidade das Artes Bibi Ferreira, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense, consolidando-se como a principal premiação brasileira que consagra jovens talentos da dramaturgia.
A Mostra Competitiva do festival terá apresentações gratuitas de sexta-feira (21) a domingo (23), no Teatro Grande Sala da Cidade das Artes, com ingressos liberados duas horas antes de cada peça. Já a Mostra de Espetáculos será realizada de quarta-feira a domingo, trazendo montagens selecionadas e convidadas, dentre as quais vencedoras de edições anteriores do Festu. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada) e podem ser adquiridos no local ou pela internet, no site do festival.
Após os espetáculos, o público poderá se divertir nas festas gratuitas que serão promovidas pela equipe organizadora do festival no saguão do Teatro Grande Sala. A programação inclui o bloco de carnaval Filhes da Martins, além de DJs sets das Drag Queens Ravena Creole e Clhoe V e da DJ Giordanna Forte.Foyer.
O diretor artístico do Festu, Felipe Cabral, disse à Agência Brasil que o festival já ocorreu em dez teatros do Rio de Janeiro, atendendo ao “pensamento de estar sempre circulando pela cidade, de preferência em espaços públicos”. Segundo ele, para participar da Mostra Competitiva, os autores das peças têm que estar matriculados em algum curso universitário ou técnico. Dezoito grupos vão se apresentar na sexta-feira e no sábado (22), às 20h.
Premiações
No domingo, às 19h, oito finalistas, selecionados pela comissão julgadora, voltarão ao palco para concorrer às premiações nas categorias melhor esquete, melhor esquete pelo júri popular, melhor ator, melhor atriz, melhor direção, melhor direção de movimento, melhor texto original, melhor iluminação, melhor cenografia e melhor figurino. As montagens podem ser de variados gêneros teatrais, como drama, comédia, musical, teatro-dança, palhaçaria ou teatro experimental.
O melhor esquete escolhido pelo júri técnico ganhará patrocínio de R$ 30 mil para montagem do espetáculo em 2024. Já o grupo escolhido como melhor esquete pelo júri popular receberá R$ 15 mil com a mesma finalidade. Os vencedores nas outras categorias receberão materiais, itens e bolsas de estudos em centros de teatro, música, dança e artes cênicas na cidade do Rio de Janeiro.
Na Mostra de Espetáculos, que será realizada na Sala Eletroacústica da Cidade das Artes, o público poderá assistir a produções teatrais de companhias universitárias, incluindo montagens vencedoras de edições anteriores do Festu, como os espetáculos Menina, Mojubá, grande vencedor da edição de 2022, que abre o festival nesta quarta-feira, às 19h, e Chão de Pequenos, que ganhou em 2016 e encerra a mostra, no domingo, às 18h. Completam a programação da mostra os espetáculos Ser ou Não Ser Hamlet, Milagre no Brasil e Conselho de Classe, informou Felipe Cabral. Os horários das apresentações podem ser conferidos no site do festival.
O festival já revelou jovens talentos. Entre eles, destaque para Johnny Massaro, Jéssica Ellen, Julia Stockler, Luiza Loroza, Karina Ramil, Igor Cosso e Agnes Brichta.
“Chama acesa”
O Festu foi criado em 2010 pelo diretor teatral Miguel Colker e é considerado o maior festival de teatro universitário do Brasil. Para Colker, o incentivo que o Festu proporciona para gerações de jovens há mais de uma década é fundamental para manter a chama das artes cênicas acesa. “Nosso desejo é que o festival siga se perpetuando como um grande encontro inclusivo, diverso e democrático que estimula a formação de novos artistas e empreendedores culturais brasileiros”, disse.
Desde sua criação, o festival recebeu mais de 3,4 mil inscrições de grupos teatrais acadêmicos de todo o país, com impacto em 60 mil jovens. As apresentações foram assistidas por 285 mil espectadores. O Festu patrocinou ainda 19 espetáculos e distribuiu mais de R$ 850 mil em prêmios.
Além disso, é oferecida pelos organizadores curadoria de um programa de educação financeira para a melhor gestão do patrocínio recebido durante o festival. Esse programa inclui temas como gestão de finanças, programas de investimentos, melhores práticas e captação de recursos.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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