BRASIL
Moradores de Petrópolis serão indenizados por prejuízo com chuvas
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A prefeitura de Petrópolis, na região serrana do estado do Rio de Janeiro, inicia nesta quarta-feira (12), os acordos de compensação financeira por conta da demolição de 245 casas do Morro da Oficina, devido ao temporal que atingiu o alto da serra, no dia 15 de fevereiro de 2022. Houve um deslizamento de terra e de pedras no alto do morro, o que deixou 235 mortos e duas pessoas desaparecidas.
Os imóveis terão de ser demolidos para que o município faça as obras de contenção de encostas no morro. A prefeitura pagará entre R$ 90 mil e R$ 230 mil a cada família. Nos últimos meses, foi feito um levantamento topográfico e fotográfico, que avaliou cada imóvel de forma individualizada.
As obras no Morro da Oficina foram divididas em lotes. As localizadas no lote 2 (entre as ruas Hercília Moret e Frei Leão) tiveram início no dia 14 de junho. As do lote 3 (entre as ruas Frei Leão e Oswero Vilaça) estavam em fase de licitação, e o resultado da licitação foi homologado pela prefeitura no dia 26 de junho último.
Atendimento
A prefeitura da cidade dividiu em quatro dias o atendimento às famílias: nos dias 12, 15, 19 e 22 de julho, sempre na Casa dos Conselhos Municipais Augusto Ângelo Zanatta (Avenida Koeler, 260, Centro, na sede da prefeitura).
Para facilitar o atendimento aos beneficiários, as pessoas devem comparecer no dia e hora marcados. Para saber o dia certo, basta acessar o site.
A listagem dos dias 12 e 15 já está no ar; as listagens dos dias 22 e 29 serão disponibilizadas nas próximas horas. A Secretaria de Assistência Social entrou em contato com cada família para informar o início do atendimento.
O prefeito Rubens Bomtempo disse que “esta quarta-feira será um dia muito importante para o Alto da Serra. É mais uma etapa desse trabalho que começamos lá atrás, no dia seguinte às chuvas de 15 de fevereiro. Não saímos de lá, com a Assistência Social, com a Defesa Civil, com a Secretaria de Obras. Agora, vamos garantir uma compensação para ajudar essas famílias a reconstruir suas vidas. Uma compensação da prefeitura de forma extraordinária para viabilizar o avanço das obras no Morro da Oficina”, avaliou.
Essa compensação financeira às famílias que tiveram suas casas atingidas pelo temporal faz parte do programa municipal Recomeço Seguro. É uma compensação de forma excepcional, justamente para viabilizar o avanço das obras de contenção na região do Morro da Oficina. Em junho, a prefeitura e a Defensoria Pública assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) definindo as regras de compensação financeira às famílias.
Documentos
Para o atendimento, os beneficiários devem levar os seguintes documentos: identidade, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), comprovante de residência, registro de ocorrência e documento bancário – cartão ou extrato.
“Estivemos nesta terça-feira (11) na Casa dos Conselhos. Já está tudo pronto para recebermos os moradores com conforto, com respeito. Será todo mundo atendido sem filas, como sempre fizemos”, disse o secretário de Assistência Social, Fernando Araújo.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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