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Morre em Brasília a jornalista Olga Bardawill

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A jornalista Olga Crispim Lobo Bardawil, morreu na tarde desta sexta-feira (15), em Brasília, aos 77 anos. Ex-funcionária da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Olga estava em tratamento de câncer, apresentou piora do quadro de saúde e teve como causas da morte um choque séptico, ou seja, uma infecção generalizada, e metástase no fígado.

Na EBC, Olga trabalhou em diversos meios de comunicação. A comunicadora participou da produção do programa A Voz do Brasil, um dos carros-chefes da empresa pública, e integrou a equipe de tradução da Agência Brasil.

Ela também foi assessora de comunicação na Presidência da República, durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e assessorou o ex-ministro da Cultura Sergio Paulo Rouanet, que criou, em 1991, a Lei Federal de Incentivo à Cultura, mais conhecida como Lei Rouanet. Olga ainda desempenhou a função de repórter esportiva na década de 1980, em São Paulo.

Olga foi casada com o também jornalista José Carlos Bardawil, que faleceu em 1997. Ela deixou três filhos: Bernardo, Carolina e Mário.

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A jornalista e tradutora se desvinculou da EBC em fevereiro de 2018, após aderir a um plano de demissão voluntária (PDV). “Fui apresentado a Olga como a esposa do grande jornalista José Carlos Bardawil, mas logo ficou claro que a jornalista Olga Bardawil era jornalista com vida própria, muito talento, determinação e caráter. Parte de sua trajetória foi na EBC, e lamento muito seu falecimento”, afirmou o atual presidente da empresa pública de comunicação, Hélio Doyle.

Colegas de profissão prestaram condolências à família de Olga, nas redes sociais, e lembraram sua trajetória. “A imprensa nacional perde a veterana Olga Bardawil, figura importante na luta pela redemocratização do país”, escreveu a jornalista Maura Fraga, em sua conta no Facebook.

A jornalista Lana Cristina Carmo já dividiu o dia a dia da redação com Olga e conta, com carinho, uma história de muitos anos antes desse período. Lana ainda trabalhava no Jornal de Brasília.

Segundo Lana, um dos maiores receios era fazer a cobertura jornalística de enterros e velórios, já que os repórteres precisam, nessas ocasiões, abordar parentes que estão em sofrimento, para conseguir alguma fala e inseri-la na matéria que vai ao ar ou será publicada. Olga teve a delicadeza de acalmá-la em relação a isso, justamente quando estava de luto por seu ex-companheiro, José Carlos Bardawil, de quem cuidou e era amiga, mesmo após a separação como casal.

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Lana comenta que Olga acreditou, pela sua aparência, que fosse estagiária e não uma jornalista de 25 anos. “Chego lá, me mostram quem é ela. Eu, cheia de dedos para conversar. Ela olhou para mim e disse: ‘não tem problema, eu converso, sou jornalista e sei como é isso.’ Fiquei pensando: será que fiz alguma pergunta idiota? Depois vi que não, ela me deixou muito à vontade”, relata a ex-gerente da Agência Brasil.

O velório da jornalista está sendo realizado nesta tarde, na Capela 1 do Cemitério Campo da Esperança, localizado na Asa Sul, em Brasília.

Texto ampliado às 14h50

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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