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Mostra 3M de Arte leva ao Parque Ibirapuera exposições ao ar livre

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Começa neste sábado (25), a 11ª da Mostra 3M de Arte com produções expostas ao ar livre no Parque Ibirapuera. Rincon Sapiência, Maria Thereza Alves e a dupla Denise Ferreira da Silva e Arjuna Neuman foram os artistas convidados para apresentar instalações com a temática “Cor, Calor, Valor”, que expressem arte, história e pertencimento. A exposição é gratuita e fica em cartaz até o dia 24 de julho. A curadoria é de Camilla Rocha Campos e João Simões.

A dupla Denise Ferreira da Silva e Arjuna Neuman apresenta a obra Conjurando, uma instalação que fica às margens do lago do parque. Elas exibem uma embarcação virada com uma vela de mais de 25 m², confrontando com a paisagem local que possui o Monumento às Bandeiras, de Victor Brecheret. A obra foi feita em parceria com as coletivas Periferia Segue Sangrando, de São Paulo, e Mulheres de Pedra, do Rio de Janeiro.

Rincón Sapiência, por sua vez, traz a escultura Ori, Defesas & Espadas. A obra foi montada perto do planetário e tem a forma de uma pirâmide de três faces mascaradas: destruidora, criadora e preservadora. A proposta é trazer o símbolo forte de representação histórica, com espadas-de-são-jorge ao topo, significando a proteção da mente e conexão com a espiritualidade, aponta a organização.

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A quarta convidada é Maria Thereza Alves que, a partir da vegetação do parque, “ aborda a necessidade de entender a nomenclatura original desta flora, que carrega o nome de cientistas homens europeus em forma de homenagem, mas cresce em territórios indígenas, negligenciados pela sociedade”, diz o texto de divulgação. Foram colocadas 26 grandes placas mostrando os nomes das plantas em guarani. 

Além dos convidados, dois artistas foram selecionados por meio de edital. A instalação de DUDX hasteou 13 bandeiras da comunidade LGBTQIA+ nos arredores da Praça da Paz. A proposta é tornar o local um espaço de acolhimento e debate sobre identidade de gênero e sexualidade livre.

O baiano Augusto Leal propõe reflexões sobre as relações de poder da sociedade e a operação do racismo no Brasil com a obra O Jogo!. Foram colocadas 24 traves de gol em madeira, com diferentes tonalidades, do branco ao preto. “Representa como o mito da meritocracia justifica a violência de corpos negros”, aponta a organização.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

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Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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