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Mostra de Cinema Chinês quebra barreiras e estereótipos culturais
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O Centro Cultural São Paulo recebe a partir desta terça-feira (4) a 7ª Mostra de Cinema Chinês de São Paulo, com o tema China — luzes e sombras, sons e sonhos. O evento é totalmente presencial, gratuito e se estende até o dia 10 de outubro. Serão apresentados nove filmes contemporâneos, a maioria inédito no Brasil, divididos nos panoramas Paisagem Humana e Histórica, Paisagem Urbana Contemporânea e Paisagem Étnica e Regional.
Segundo a curadoria da mostra, os longas trazem narrativas multidimensionais que quebram barreiras e estereótipos culturais. “São obras que retratam o nosso tempo e a nova geração em histórias cheias de verdade e sentimento numa perspectiva genuinamente chinesa”, observam os curadores.
A programação conta com obras como “Reino de Terracota” de Ding Liang, Lin Yongchang, indicado para o Golden Goblet de Melhor Filme de Animação no Festival Internacional de Cinema de Xangai, “Morada nos montes Fuchun “de Gu Xiaogang, que faz a sua première internacional no Brasil, os documentários “O grande aprendizado” de Sun Hong, Wang Jing, Ke Yongquan, indicado ao Prêmio China Golden Rooster de Melhor Documentário, e “Tive a lua nas mãos” de Cheng Tsun-shing, considerado um dos dez filmes mais influentes de 2020 na China e que conta a história de vida de Yeh Chia-ying, grande mestra da poesia clássica.
Já o panorama Paisagem Urbana Contemporânea exibe os títulos Adoração, de Yang Zi, selecionado para o Festival Internacional de Cinema de Busan (Coreia do Sul), e Quando a primavera chegar, de Li Gen, indicado ao Prêmio White Mulberry de Melhor Diretor Estreante, baseado numa experiência real do cineasta.
Na temática Paisagem Étnica e Regional completa a programação com os filmes As galochas de Wangdrak, de Lhapal Gyal, indicado ao Urso de Cristal do Festival de Cinema de Berlim (Mostra Nova Geração), e Chaogtu e Sarula, de Wang Rui.
Para consultar a programação completa e horários basta acessar www.institutoconfucio.unesp.br . Os ingressos devem ser retirados uma hora e meia antes da sessão.
Edição: Aline Leal
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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