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Municipal de SP tem ações educativas para população em situação de rua

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Ateliês itinerantes de artes, plantio de flores e ervas e construção de instrumentos musicais para o público que circula no entorno do Theatro Municipal de São Paulo são as ações do projeto De onde si vê, preferencialmente para pessoas em situação de vulnerabilidade. Além das oficinas culturais, realizadas em ateliês itinerantes em diversos locais do bairro República e na Praça das Artes, o projeto oferece ações de escuta e acolhimento.

A coordenadora do Núcleo de Educação do Theatro Municipal, Adriane Bertini, explica o nome do projeto De onde si vê, dizendo que a intenção é que pessoas em situação de rua consigam ver a si mesmas em um lugar onde podem se transformar em cidadãs e também sonhar. “Parece uma coisa muito desafiadora, mas é a nossa intenção, criar esse lugar onde as pessoas vejam a si mesmas ou pelo menos se vejam em um outro lugar, um lugar onde também possam sonhar.”

“O objetivo é ampliar o diálogo do teatro com as pessoas em situação de rua e de vulnerabilidade do entorno. O projeto olha para essas pessoas, o ateliê de artes é conectado com as linguagens artísticas das ruas do entorno do teatro. Então, tem grafite, oferece propostas de elaboração de tipografias feitas pelas pessoas relatando os sentimentos!, diz Adriane.

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Ela destaca o lado terapêutico das oficinas de jardinagem, em que pessoas em situação de rua lidam com a terra e aquelas que vieram do campo para a cidade em busca de melhores oportunidades acabam por resgatar muitas memórias. “Por isso temos esses dois eixos de oficinas.”

Os ateliês, conduzidos por educadores sociais, contam com equipe técnica de psicólogo e assistente social, que oferecem oportunidade de escuta e acolhimento à população do entorno da praça. A Jangada Social, equipe que faz as ações, é formada por quatro educadores, um assistente social, um psicólogo, um coordenador e em supervisor.

Adriane ressalta o papel das ações de acolhimento e escuta, que ocorrem em todos os eixos. É na escuta que podem ocorrer possíveis encaminhamentos para equipamentos de saúde e de assistência social, diz a coordenadora do Núcleo de Educação do Municipal. “As oficinas culturais são acompanhadas por uma assistente social e um psicólogo que oferecem o momento de escuta, em que os participantes conversam e contam suas histórias, suas memórias.”

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Os ateliê Artes Na Rua, que trabalham com arte impressa e construção de instrumentos musicais, funcionam às terças-feiras, das 14h30 às 16h30. Já os ateliês itinerantes Roça Na Rua, com oficinas de jardinagem, estão disponíveis às quintas-feiras, das 14h30 às 16h30.

Há também mutirões culturais, com apresentações musicais, oficinas e intervenções artísticas, de artistas de bairros distantes do centro da cidade, que ocorrem todo último sábado do mês, das 14h30 às 19h30. A programação dos Mutirões Culturais faz parte do projeto De onde si vê.

O próximo mutirão cultural está previsto para o dia 28 deste mês, das 14h30 às 19h3, com oficinas de arte impressa, tipografia, plantio de flores e ervas, oficina de palhaçaria, vivência de maracatu e shows, das 16h30 às 19h30, com participação do Coletivo Xemalami, Pombas Urbanas e Grupo Ago Anama.

No último sábado de fevereiro (25), das 14h30 às 19h30, haverá oficinas de arte impressa, tipografia e plantio de flores e ervas. Estão previstos ainda shows, com a participação do Pagode na Lata, Sarau da Brasa e Inconsciente Coletivo, das 16h30 às 19h30.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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