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Olimpíada sobre eficiência energética premia estudantes
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A segunda edição da Olimpíada Nacional de Eficiência Energética (Onee) premiou hoje (7), em Brasília, os estudantes que se destacaram no projeto que visa conscientizar a população sobre a importância do uso racional da energia elétrica.
Cerca de 200 mil alunos dos 8º e 9º ano de escolas públicas e privadas das cinco regiões do país se inscreveram para participar dos desafios elaborados para testar o conhecimento dos jovens sobre aspectos como fontes energéticas e formas de combater o desperdício de energia elétrica. Divididas em duas fases, as provas aconteceram entre os dias 24 e 29 de outubro deste ano.
Receberam medalhas de ouro, prata e bronze 22 mil estudantes por terem se destacado durante o evento, coordenado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Instituto da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Iabradee) e realizado pelas empresas concessionárias de energia elétrica que operam em 24 estados e no Distrito Federal.
Além das medalhas, 34 estudantes receberam bolsas de estudo correspondente a R$ 3 mil. Os 166 estudantes mais bem classificados na competição também receberam um notebook, mesmo prêmio entregue a 34 professores cujos alunos se destacaram na olimpíada. No total, 7.492 docentes se inscreveram, representando 3.381 escolas.
Entre os estudantes convidados a participar da cerimônia, Letícia Samara Macêdo do Nascimento, aluna do 8º ano de um colégio militar de Pernambuco, que já tinha participado de outras disputas estudantis, decidiu se inscrever para a Onee por estímulo de uma professora.
“Quando eu soube, fiquei muito empolgada e entusiasmada para participar, porque ela tem um formato totalmente inovador, inédito, que eu nunca tinha visto em outras olimpíadas”, disse Letícia durante a premiação. “Os desafios foram uma forma lúdica de puxar o público-alvo, os alunos de 8º e 9º ano, a participar e, assim, aprender de forma divertida e prazerosa sobre eficiência energética”, acrescentou a jovem.
Ela ressaltou que os desafios apresentados na forma de jogos e mesmo as questões objetivas da segunda fase foram propostos de forma a estimular os participantes a compreenderem a importância de adotar novos hábitos.
“Eram coisas do cotidiano, sobre como poderíamos economizar e usar a energia de forma consciente e eficiente. A partir do conhecimento que adquiri, pude ajudar meus colegas, auxiliar minha professora e ajudar meus pais. Em casa, agora, estamos procurando economizar energia, usando-a de forma mais eficiente, priorizando [o emprego] da luz e da ventilação natural para deixarmos de usar ventiladores, ar-condicionado e lâmpadas. São atitudes que as pessoas podem considerar pequenas, como desligar a luz ou trocá-las por [modelos de] led, mais eficientes, mas são essas pequenas ações que podem levar nosso meio ambiente a mudar como um todo”, disse Letícia.
Para o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, os resultados atingidos em termos de participação nessa segunda edição da Olimpíada Nacional de Eficiência Energética reforçaram a importância da iniciativa. “Na primeira edição, começamos com apenas quatro estados. Era apenas um pequeno projeto-piloto. Agora, estamos com 200 mil alunos inscritos, de todas as regiões. O que nos dá a certeza de que este projeto é inclusivo, participativo, educativo”.
Já o diretor de Regulação do Iabradee, Ricardo Brandão, disse que o evento transforma os jovens participantes em disseminadores de conhecimento. “Esse projeto é um marco importante que deixou todos nós muito entusiasmados por casar desenvolvimento de tecnologia e inovação ao foco no usuário. Temos [nas empresas distribuidoras de energia elétrica] vários projetos para levar conhecimento ao usuário final e já está demonstrado que quando você leva isso para o jovem, o fator multiplicador é muito maior, pois ele leva essas práticas para dentro de casa, para seus familiares. O que tem muita relação com o futuro, pois vislumbramos uma sociedade cada vez mais eletrificada, com carros elétricos, ônibus e equipamentos elétricos, e [consequentemente] nisso entra a questão da eficiência energética, de fazermos mais com menos, utilizando menos recursos naturais”.
Participaram desta segunda edição da Onee as concessionárias Celesc; Cemig; Copel; CPFL; EDP; Enel; Energisa; Equatorial; Neoenergia e Light.
Edição: Fernando Fraga
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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