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Operação policial na Cracolândia neste domingo termina com 15 presos

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O governo de São Paulo informou que 15 pessoas foram presas em operação realizada na região da Cracolândia neste domingo (30) por crimes como associação ao tráfico de drogas e receptação. O governador Tarcísio de Freitas disse, em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (31), que vai aumentar o efetivo policial naquela área. No dia 22, foram 18 presos no local.

“Teremos, no centro, o emprego de tecnologia e aumento de efetivo policial. Em breve, a gente terá mais uma unidade da polícia militar no centro de São Paulo e a ideia é, por meio da tecnologia, por meio do aumento de efetivo, ter um sucesso no combate à criminalidade”, disse o governador.

Segundo ele, uma série de ações envolvendo assistência social, tratamento ao dependente químico, habitação e revitalização do centro estão sendo planejadas na região, em parceria com a prefeitura, e serão ainda divulgadas.

A operação, realizada pela Polícia Civil com o apoio da Guarda Civil Metropolitana, teve como foco a Rua dos Gusmões. Participaram da ação 60 policiais civis em 30 viaturas.

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Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os agentes entraram na concentração de usuários, denominada como fluxo, para prender criminosos apontados como envolvidos no tráfico de drogas em um relatório de inteligência.

Foram apreendidas 75 porções de cocaína, 39 de maconha, 16 de k9, dois pedaços de crack e três tijolos de maconha, dentre outros objetos relacionados ao tráfico de drogas, segundo informações da SSP.

Defensoria Pública

Relatório divulgado pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo revelou que a maioria dos detidos na chamada Operação Caronte – que, segundo o governo estadual, é uma ação de “inteligência” para combate ao “tráfico de drogas” na região da Cracolândia – era de pessoas em situação de rua.

A defensora pública Fernanda Balera, uma das coordenadoras da pesquisa, afirmou que os dados mostraram que a estratégia de usar polícia, prisão e detenção para a questão social da Cracolândia não dá certo. Segundo ela, as pessoas são presas, voltam para o mesmo lugar e não recebem encaminhamento de saúde.

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“O fato de 90% das prisões terem sido consideradas ilegais pelo Judiciário e de os processos sequer terem tido seguimento mostra que a ação da polícia, além da violência, que a gente já tinha noticiado e coletado dados, também é ilegal”, acrescentou a defensora na ocasião da divulgação do relatório.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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