BRASIL
Operação vai retirar fiação abandonada no Rio de Janeiro
BRASIL
Uma força-tarefa com sete equipes irá circular pela cidade do Rio de Janeiro para remover fiações soltas, partidas, caídas nas vias e abandonadas pelas concessionárias de telecomunicações e de energia elétrica. O programa Caça-Fios foi lançado hoje (25), em Benfica, na zona norte da cidade.
O prefeito Eduardo Paes destacou que as empresas responsáveis pelos fios serão notificadas das irregularidades e, caso não adequem a rede e seja necessária a ação da Rioluz para a retirada, podem ser multadas.
“Isso é uma dessas coisas absurdas que acontecem com a cidade. É uma desordem institucionalizada de concessionárias de serviços públicos, que vão desde empresas de telefonia, passando por concessionária de energia, que vão abandonando os postes da cidade, vão deixando os fios pendurados, renovam os fios e não estão nem aí. Então a gente vai sair cortando.”
Além da poluição visual, o prefeito destacou o risco de choque elétrico que fios soltos trazem. De acordo com o presidente da Rioluz, Paulo Cezar dos Santos, a estimativa é que as equipes da empresa municipal recolham cerca de uma tonelada de fios abandonados e irregulares por dia.
Ele explica que nas regiões já atendidas pelo projeto Rio Cidade, como a zona sul, a fiação foi convertida em subterrânea. Mas que em cerca de 90% das zonas norte e oeste as redes ainda são aéreas. O programa Caça-Fios atuará nessas regiões.
“Nós temos as redes de distribuição de energia em média tensão, que fica na horizontal no topo do poste. Nós temos a rede de baixa tensão, também de distribuição elétrica, que está na vertical, são os quatro cabos mais grossos. E todos os outros pretos, mais baixos, são cabos de telecomunicação. Essas redes que são as grandes vilãs, são elas que deixam os cabos inservíveis, abandonam os cabos, não tratam das redes. É nessa faixa que nós vamos atuar, retirando os cabos que já estão desligados e alinhando esses cabos”.
Segundo Santos, a maioria desses fios são de internet, TV a cabo e fibra ótica. As concessionárias serão notificadas sobre a ação da Rioluz em cada região e terão um prazo de cinco dias para adequarem as redes. Após esse período, a prefeitura fará a limpeza dos postes.
“Os cabos que a gente identificar, as operadoras que forem identificadas, elas serão multadas por não ter cuidado da sua rede. Basicamente são as pontas de fios que estão soltas, que são abandonadas”.
De acordo com a Secretaria Municipal de Conservação, a multa é de R$ 1.026,14 por descumprimento de notificação e no caso de falta de licença para a instalação da rede. Em caso de reincidência, a multa passa a ser diária, com o mesmo valor.
Telecomunicações
De acordo com a Associação Brasileira de TV por Assinatura (Abta), os postes pertencem às distribuidoras de energia elétrica e são utilizados pelas operadoras de telecomunicações mediante contrato.
Porém, cada contrato pode prever ou não a retirada dos fios inutilizados, sendo necessário verificar com cada empresa os termos.
A associação ressalta também que há muitos pequenos provedores em atuação no município, além de operadoras piratas, que atuam sem fiscalização.
A reportagem tentou contato com as concessionárias Claro, Vivo, Sky, TIM e Light, mas não obteve retorno de nenhuma.
Edição: Lílian Beraldo
Fonte: EBC Geral


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
-
AGRONEGÓCIO5 dias atrás
Contagem regressiva para a “noite das patroas” na 57ª Expoagro de Cuiabá: Ana Castela e Maiara & Maraísa prometem show inesquecível
-
MATO GROSSO5 dias atrás
Fórum Agro MT solicita suspensão do sistema CAR 2.0
-
MATO GROSSO5 dias atrás
DIA MUNDIAL DA PELE: SUA PELE FALA, E MERECE SER OUVIDA
-
MATO GROSSO5 dias atrás
Visitantes e trabalhadores da Expoagro contarão com estrutura de atendimento médico avançada do Hospital H.Bento
-
MATO GROSSO4 dias atrás
Inteligência Artificial avança entre os pequenos negócios em MT, mas ainda enfrenta barreiras
-
MATO GROSSO3 dias atrás
Essence Urbanismo apresenta o empreendimento Bella Vita durante a 57ª Expoagro, em Cuiabá
-
MATO GROSSO2 dias atrás
Conselheiros do Conceel-EMT recebem capacitação sobre a nova Tarifa Social de energia elétrica
-
EDUCAÇÃO2 dias atrás
Literatura para crianças ganha novos voos com Cintia Barreto: escola, arte e representatividade negra