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Orquestras de universidades realizam espetáculo conjunto inédito

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As orquestras das três universidades públicas estaduais paulistas se reunirão para um concerto gratuito e aberto ao público, no próximo domingo (28), às 19h, no Auditório Simon Bolívar do Memorial da América Latina, na Barra Funda, zona oeste da capital paulista. É a primeira vez que as três orquestras se apresentam juntas e o encontro, que terá como tema “A Semana de 22 revisitada”, faz parte do Festival Centenários da Unesp.

Serão cerca de 100 músicos da Orquestra Acadêmica da Unesp [Universidade Estadual Paulista], da Orquestra Sinfônica da USP [Universidade de São Paulo] e da Orquestra Sinfônica da Unicamp [Universidade Estadual de Campinas] para a execução de composições que dialogam com a história da música clássica do Brasil e a construção de seu ambiente acadêmico. Organizado pela Unesp, o festival é realizado em comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna e ao bicentenário da Independência do Brasil, ambos celebrados em 2022.

Na programação do concerto, estão reunidas obras de Henrique Oswald, Francisco Braga, J. Delgado de Carvalho, Paulo Costa Lima, Ernani Aguiar, Heitor Villa-Lobos e Ivenise Nitchepurenco, violinista egressa do Instituto de Artes (IA) da Unesp que hoje é integrante da Orquestra Sinfônica da Unicamp – ela é autora de um arranjo chamado “Tico Tico em Ipanema”, mistura que celebra clássicos da música brasileira.

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A única composição de um estrangeiro será Abertura de um Festival Acadêmico, do alemão Johannes Brahms, escrita quando ele recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade de Breslau –esta peça será executada conjuntamente pelas três orquestras.

Segundo o pró-reitor de extensão universitária e cultura da Unesp, Raul Borges Guimarães, o concerto reveste-se de dupla significação por ser o primeiro encontro das orquestras, o que reflete importante aproximação e articulação institucional, em um momento em que questionamentos em relação ao papel e à importância do ensino superior público têm vindo à tona.

“Em outro sentido, o programa enfoca obras representativas de nossa música, de compositores que se engajaram na construção de uma tradição musical brasileira, neste momento em que as efemérides relativas à Independência e à Semana de Arte Moderna ocupam a atenção e despertam reflexões críticas para além da simples comemoração”, disse o professor.

A regente da Orquestra Sinfônica da Unicamp, Cinthia Alireti, ressaltou que um espetáculo acessível ao grande público será a oportunidade de mostrar o trabalho que está por trás do dia a dia dos músicos de uma orquestra, profissionais ou não. “É um evento de muita representatividade para as universidades e também para a música brasileira”, afirmou.

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Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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