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Paciente que denunciou cárcere passa por procedimento cirúrgico
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A paciente Daiana Chaves Cavalcanti, de 35 anos, transferida na última quinta-feira (21) para o Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), foi submetida nesta sexta-feira (22) a um procedimento para remoção de tecido necrosado na região abaixo dos seios e na barriga. O curativo foi feito a vácuo e, em seguida, a paciente voltou para o centro de tratamento intensivo onde está recebendo cuidados especiais. De acordo com o advogado Ornélio Mota, que defende a paciente, o procedimento consistiu em tratar a parte necrosada. “Pude constatar que ela se sentia melhor, com a voz firme e já era outra pessoa”, avaliou.
Daiana se internou, no início de junho, para fazer procedimentos estéticos no abdômen e nas mamas com o cirurgião plástico Bolívar Guerrero Silva, mas, depois da cirurgia, começou a apresentar sequelas. Ela vinha pedindo transferência da unidade particular por entender que corria risco de morte, com feridas abertas. O médico Bolívar Guerrero Silva foi preso na última segunda-feira (18), por policiais da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Duque de Caxias, sob acusação de manter a paciente em cárcere privado.
Ontem, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou um habeas corpus pedido pela defesa do cirurgião plástico. O profissional segue preso, acusado de manter a paciente em cárcere privado como forma de ocultar seu estado de saúde após os procedimentos estéticos.
O desembargador Luiz Felipe Francisco avaliou que não há nenhuma ilegalidade na prisão do médico. Ele também considerou devidamente fundamentada a prorrogação da prisão temporária, determinada na quinta-feira pela juíza Priscilla Macuco Ferreira, que está à frente do caso. Segundo ela, a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) precisa de mais tempo para concluir o inquérito. A magistrada também escreveu, na decisão, que Bolívar tentou atrapalhar as investigações, dificultando acesso ao prontuário da paciente.
Edição: Paula Laboissière
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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