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Palhaços fazem apresentações gratuitas para crianças no Rio
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As arenas cariocas Jovelina Pérola Negra, na Pavuna, Abelardo Barbosa, em Pedra de Guaratiba, Lona Cultural Municipal Elza Osborne, em Campo Grande, e Lona Cultural Municipal Terra, em Guadalupe, recebem nos dias 6, 12, 18 e 24 de maio, respectivamente, a apresentação gratuita de palhaços, oficinas e cortejo circenses Gramellôs – O Show.
A iniciativa é da prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, e do Programa de Fomento à Cultura Carioca (Foca). O projeto é uma realização do Circo do Rio Produções Artísticas.
Gramellôs – O Show é a união do “excêntrico” Palhaço Gracinha com o “cara de pau” Churumello. Com dramaturgia no formato de cabaré circense, o espetáculo inclui números de habilidades, musicais, magia cômica e dança, com os dois palhaços mostrando suas particularidades numa disputa pelo melhor show do mundo.
O projeto prevê também a realização de oficinas de circo nas modalidades de malabares e mágica cômica, além de um cortejo circense com a bandinha da Churumello Circus pelos quatro espaços culturais. Os ingressos devem ser retirados meia hora antes dos eventos. A classificação é livre para todas as idades.
A encenação de Gramellôs – O Show foi construída com base em conceitos de Jaques Lecoq e o Teatro Físico, e “abrasileirada” com a malandragem do carioca suburbano, de acordo com informação dos organizadores. O humor usado pelos palhaços Gracinha e Churumello é físico e verbalizado. Nele, a fala potencializa o gesto e legitima a malandragem de um palhaço querer sempre passar a perna, isto é, ludibriar o outro.
O figurino segue o conceito clássico dos mágicos de palco dos circos tradicionais, com pitadas e características da palhaçaria moderna, que visa a evidenciar os fracassos dos grandes excêntricos. Já o cenário é feito em uma cortina simples, na mesma paleta de cores dos figurinos, com objetos cênicos de magia cômica que vão surgindo de surpresa durante o espetáculo.
Inicialmente, a música é tocada por uma banda formada por três músicos e os dois palhaços. Durante as apresentações, o ritmo acelerado conduz os erros e acertos do show.
História
Dois shows circenses chegam à cidade ao mesmo tempo, marcados para o mesmo horário, no mesmo circo local. Os melhores palhaços do mundo descobrem que têm que dividir o picadeiro. O duelo está formado. Quem será o melhor? Os palhaços apresentam seus números desafiadores e descobrem que podem estragar o show do colega.
As crianças funcionam como jurados. São elas que decidirão quem sairá do picadeiro com o prêmio de melhor espetáculo. A busca pela perfeição mostra ao público como o ser humano é tolo quando quer “vencer na vida”. A humanidade e o desafio deixam em evidência quão bonito é ser quem se é e aceitar-se humano e frágil. No final, todo mundo está junto. A direção do espetáculo é de Daniel Poittevin.
Renato Garcia é o criador do Palhaço Gracinha. Atuando no cenário cultural desde 2010, como ator, palhaço e produtor cultural, já participou de mais de 20 peças teatrais em circuitos nacionais e internacionais. Foi professor de Teatro da ONG Ecoa – Teatro Social de 2012 a 2014. É professor de artes e teatro para alunos do maternal ao quinto ano no Colégio GAU e de circo-teatro na Escola Municipal Mário Kroeff. Atualmente, coordena o projeto Gema da Alegria, de palhaços hospitalares, onde é diretor artístico. Também atua como palhaço em hospitais para crianças e adolescentes portadores de necessidades especiais.
Tiago Carva é o criador do Palhaço Churumello. Microempreendedor, é formado em design pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, e em palhaçaria pela Escola Livre de Palhaço (Eslipa). Fundou, em 2013, a Churumello Circus, empresa que oferece serviços circenses, oficinas, shows, palestras para eventos, festas e escolas, com o objetivo principal de multiplicação da linguagem circense. É também fundador da Carva Estúdio, empresa do ramo de design, líder em criação de projetos de artes visuais na área circense do Rio.
Edição: Graça Adjuto


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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