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Passaporte vacinal será exigido nos desfiles de carnaval do Rio
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Os foliões que quiserem prestigiar os principais desfiles de carnaval no Rio de Janeiro terão de apresentar o passaporte vacinal. O comprovante será exigido tanto na Marquês de Sapucaí quanto na Avenida Intendente Magalhães e no Terreirão do Samba. A medida foi anunciada nesta quinta-feira (14) pelo presidente da Empresa de Turismo do Município do Rio (Riotur), André Duarte.
“A prefeitura do Rio teve todo cuidado em relação a esta questão da pandemia. Podem ficar tranquilos, porque tanto na Intendente Magalhães, quando no Terreirão do Samba e na Sapucaí, nós vamos exigir o certificado de vacinação para que as pessoas possa ter acesso aos eventos”, disse Duarte.
O presidente da Riotur disse que o índice de ocupação da rede hoteleira da cidade para o carnaval fora de época deverá chegar a 85%, segundo dados creditados à Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Rio de Janeiro (Abih-RJ). Também os turistas, de acordo com Duarte, deverão apresentar passaporte vacinal para se hospedarem nos hotéis da cidade.
Os desfiles oficiais na Marquês de Sapucaí começam na quarta-feira (20) e quinta-feira (21), com a Série Ouro, antigo Grupo de Acesso, prosseguem sexta-feira (22) e sábado (23), com as escolas do Grupo Especial, fechando no domingo (24), com o desfile das crianças. O desfile das campeãs será no outro sábado (30).
Já os desfiles na Avenida Intendente Magalhães começam na quarta-feira (20), com a Federação dos Blocos, prosseguem na quinta-feira (21), com o Grupo de Avaliação, e com a Série Bronze na sexta-feira (22). Na semana seguinte, será a vez da Série Prata, na sexta-feira (29) e sábado (30). No domingo, dia 1º de maio, será a vez dos Grupos B e C. Os desfiles da Intendente Magalhães são gratuitos.
Blocos de rua
Embora os grupos maiores, que normalmente arrastam dezenas de milhares de foliões, já tenham dito à prefeitura que não vão desfilar este ano, os blocos menores, organizados por amigos ou moradores dos bairros, possivelmente vão sair às ruas.
O secretário municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale, não deixou claro se haverá repressão das autoridades a esses pequenos blocos, mas indicou que as pessoas são livres para frequentarem a cidade.
“As pessoas não têm nenhuma proibição para estarem nas ruas, para estarem frequentando a cidade. As pessoas não estão proibidas de saírem às ruas. A vacina permitiu que a gente fizesse um desfile, que tivéssemos uma cidade o mais próximo do normal possível. A gente tem uma cidade monitorada pela ordem pública, pela Guarda Municipal, e as pessoas que estiverem nas ruas têm a total liberdade de estarem ali. Os blocos tradicionais não vão desfilar, já se comprometeram neste sentido, entenderam o pouco tempo que tínhamos para organizar, junto com eles, os desfiles nas ruas”, disse Carnevale.
Edição: Fernando Fraga


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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