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Pernambuco vai destinar R$ 2 mi para prevenção de ataques de tubarão

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Após três ataques de tubarão em menos de duas semanas, o governo de Pernambuco anunciou investimento de R$ 2 milhões em ações de prevenção em toda a costa da região metropolitana do Recife, conforme publicação no Diário Oficial do Estado.

Cerca de R$ 1,5 milhão vai para o Porto de Suape, que fica entre os municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, na Grande Recife. Os R$ 500 mil restantes serão aplicados em estudos, por meio de edital da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia, para prevenção de tubarões e também da invasão do peixe-leão, espécie de peixe da Ásia que está trazendo riscos para o litoral brasileiro.

Como o peixe-leão não tem predadores naturais na costa brasileira, pesquisadores vêm alertando que o crescimento desordenado dessa espécie coloca em risco o equilíbrio da vida marinha.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco também vai participar desse trabalho de prevenção contra tubarões e deve instalar vinte receptores acústicos para acompanhar a presença de tubarões na região; e estão previstas 24 expedições para captura e marcação das espécies tigre, cabeça-chata e galha preta. 

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De acordo com o reitor da universidade, Marcelo Leão, a instituição tem cerca de 40 estudos sobre tubarões, mas a parceria com o Cemit, que é o Comitê Estadual de Monitoramento, foi descontinuada em 2015. A ideia agora, segundo o reitor, é retomar a parceria, junto com outras universidades públicas.

“Além de assinarmos um protocolo de intenções, estamos reestruturando o Cemit, a Rural volta a ser protagonista. Sugerimos a participação da Federal de Pernambuco e da Universidade de Pernambuco, já de se tratar de um problema multidisciplinar que precisam de outros conhecimentos e sempre agregar essas universidades é um processo de extrema importância”.

A pesquisadora em pesca da UFRPE, Ilka Branco, explicou que os acidentes recentes ocorreram durante uma grande amplitude de maré. Isso aumenta a probabilidade de tubarões entrarem no canal que existe na costa. “Faz com que exista uma probabilidade maior de os tubarões, de uma forma geral, se aproximarem da nossa linha de costa e a gente tenha esse encontro com os tubarões”.

De acordo com boletim médico mais atualizado, os dois adolescentes vítimas de ataque nesta semana continuam internados com quadro de saúde estável e sem previsão de alta. Cada um deles teve um membro amputado por causa da gravidade dos ataques e não apresenta sinais de infecção.

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>> Ouça na Radioagência

Edição: Sâmia Mendes/Guilherme Strozi

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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