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Prefeitura do Rio demoliu 1313 construções irregulares desde 2021
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Balanço divulgado hoje (9) pela prefeitura do Rio em parceria com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) apontou que 1.313 construções irregulares foram demolidas desde 2021, sendo mais de 70% na zona oeste da cidade.
Segundo o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, os prejuízos para o crime organizado chegaram a R$ 646 milhões. De acordo com o balanço, no ano passado, foram feitas 660 demolições. Em 2022, já houve 653 demolições de construções irregulares.
Para o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o Poder Público está asfixiando o poder financeiro da indústria imobiliária das milícias. “O importante é que essas pessoas comecem a respeitar e entendam que vão tomar prejuízo. Não vão prosperar aqueles que apostarem numa apatia e imobilidade do Poder Público. Hoje, o imóvel que a Prefeitura e o MP demoliram na Muzema tinha uma avaliação de R$ 14 milhões”, disse Paes.
A Secretaria de Ordem Pública realizou, na manhã de hoje, a demolição de um prédio de seis andares, com 46 apartamentos, erguido ilegalmente na Muzema, na zona oeste. O imóvel na Rua Dália s/nº foi construído em um lote não regular e sem obedecer aos parâmetros determinados para o local, como afastamento, gabarito e taxa de ocupação. A construção, avaliada em R$ 14 milhões, já havia sido notificada e multada previamente.
O prédio estava localizado no interior do loteamento irregular, denominado Condomínio Figueiras do Itanhangá, situado na Estrada de Jacarepaguá, 370. “E ficava a menos de 100 metros de onde, em 2019, houve o desabamento de dois prédios de cinco andares, que culminou com a morte de 24 pessoas. Há menos de um mês, a prefeitura realizou uma outra operação no mesmo condomínio, quando derrubou um prédio de três andares avaliado em mais de R$ 3 milhões”, disse a prefeitura
Segundo o procurador-geral do MPRJ, Luciano Mattos, o acordo de cooperação entre prefeitura e promotoria foi pensado para que houvesse um fluxo de informação mais ágil, em tempo real, o que proporciona atuação imediata tanto na esfera penal quanto administrativa, com os desdobramentos judiciais que forem necessários.
“Estamos agora nos estruturando para que essa troca de informações, como o mapeamento dos locais e o trabalho de inteligência, permita um direcionamento melhor da prefeitura e do MP no combate a essas organizações criminosas”, disse Mattos.
Somente a Seop realizou 1.001 demolições, com prejuízo estimado para o crime organizado de R$ 205 milhões, sendo que 65% delas foram na zona oeste. Além disso, 65% dos imóveis demolidos estavam em área sob domínio da milícia, segundo a prefeitura.
Nas operações da Secretaria de Meio Ambiente, ao lado do MPRJ, em áreas de preservação ambiental, ocorreram 313 demolições, com um total de 275.982 metros quadrados de área demolida, o que gerou um prejuízo estimado para o crime organizado de R$ 441 milhões.
Edição: Lílian Beraldo
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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