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Programa estimula setor de economia criativa no estado de São Paulo
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Representantes de dez empresas e instituições paulistas do setor de economia criativa participam do South by Southwest 2022 (SXSW), evento de arte, criatividade e inovação que vai até 20 de março em Austin, Texas (EUA). Essa é a primeira missão internacional do Creative SP – programa de internacionalização da economia criativa, realizado pelo governo de São Paulo.
Com o objetivo de auxiliar empresas paulistas do setor de economia criativa a se internacionalizarem, o programa é uma ação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, executado em parceria com a InvestSP, com apoio da Secretaria de Relações Internacionais.
“É um duplo objetivo combinado. De um lado, a gente estimula as empresas da economia criativa de São Paulo a se internacionalizarem mais, a se colocarem mais no mercado internacional para fazerem negócios, para fazerem receita, para atraírem investimento, para fazerem trocas, para aumentarem o seu knowhow, a sua competitividade”, disse o secretário de Cultura do estado, Sérgio Sá Leitão. “E, de outro lado, a gente posiciona São Paulo como um destino de economia criativa. E obviamente que esses dois objetivos estão relacionados”.
O secretário explicou que o programa consiste em um total de 10 missões internacionais, cada uma selecionando dez empresas e instituições culturais para participação, que terão direito a um reembolso de até US$ 4 mil em despesas elegíveis e acesso a ações de capacitação, consultoria e monitoramento de resultados, além de acompanhamento pós-eventos.
“Anteriormente a cada um desses eventos, as empresas selecionadas passam por um processo de capacitação, nós contratamos consultores especializados que ajudam essas empresas a se planejarem para tirar o máximo possível da participação na missão. Durante a missão, nós temos também uma assessoria que acompanha essas empresas, que ajuda as empresas a marcarem reuniões, que as auxilia também no próprio diálogo com empresas de outros países, com intuito de acelerar negócios”, disse Sá Leitão sobre duas das etapas do programa.
SP Day
Faz parte do Creative SP a organização de eventos para dar visibilidade às empresas paulistas do setor. No evento SXSW, no Texas, nesta terça-feira (15), ocorreu o SP Day, com uma programação de debates e palestras com representantes do setor cultural, com público presencial e online.
“Nós estamos fazendo esse SP Day, que faz parte da programação oficial do evento, que são quatro painéis e um evento de encerramento com um show de uma artista de São Paulo. Esses painéis ajudam tanto a posicionar as empresas, a atrair pessoas de outros países, aqui dos Estados Unidos mesmo, e também ajudam a posicionar São Paulo como um centro, um polo de economia criativa”, avaliou o secretário.
Na terceira etapa, após as missões internacionais, o Creative SP vai monitorar as empresas participantes para avaliar qual foi o impacto que o evento teve no desenvolvimento delas. “Isso vai nos permitir também aprender com a experiência e eventualmente até adaptar o programa e melhorar, buscar outras possibilidades. Esse monitoramento pós-evento é fundamental para a gente poder mensurar os resultados.”
As demais missões estão definidas e as inscrições estão abertas. “A próxima missão vai ser para o Festival de Cannes, na França. Então vai ser uma missão específica sobre audiovisual. Vamos encerrar essas inscrições em meados de abril, porque o festival acontece em maio, então sempre um mês antes da missão a gente para, faz a seleção das empresas, faz o processo de capacitação, faz todo o preparativo da viagem e realizamos a viagem. Enquanto isso fica aberto para as demais”, explicou Sá Leitão.
Edição: Fábio Massalli


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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