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Projeto vai reintroduzir guarás-vermelhos no Rio de Janeiro

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Uma vistosa ave de coloração vermelha, que chama a atenção por sua beleza e que possivelmente desapareceu do Rio de Janeiro, o guará-vermelho (Eudocimus ruber) voltará a ser vista, em breve, voando pelos manguezais do estado. Um projeto do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) prevê a reintrodução de bandos da espécie no estado.

A previsão é que os animais sejam introduzidos na Reserva Biológica de Guaratiba, na zona oeste da capital fluminense, no início do ano que vem. O bairro onde fica a reserva, aliás, deve seu nome à ave que, há anos, não é mais avistada por ali. Guaratiba, na língua tupi, significa “ajuntamento de guarás”.

“Esse projeto deve começar no início do próximo ano. Por causa desse estado de emergência por conta da influenza viária, a gente postergou um pouquinho o início dele. Ela tem uma coloração vermelha porque se alimenta de caranguejos. É uma espécie que é carismática pela sua beleza e tem uma função ecológica também”, afirma o gerente de Fauna do Inea, Marcelo Cupello.

Na última lista de fauna ameaçada do Rio, publicada em 1998, a ave aparecia como “criticamente em perigo” de extinção. Mas, segundo Cupello, a ave, que vive em bandos, está provavelmente extinta no estado. 

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Segundo ele, o último avistamento de bandos da espécie no estado do Rio foi feito em 1952, na Baía de Guanabara. Depois disso, foram feitos apenas registros isolados em 1985, em Sepetiba, e em 1996, em Guaratiba.

“Esses animais virão de zoológicos e criatórios conservacionistas, ou seja, provenientes de cativeiro, mas também teremos alguns vindos da natureza. A ideia é soltar em torno de 80 animais. Eles vão ser acompanhados e monitorados ao longo do período do projeto”, explica.

As solturas serão feitas em grupos, que, antes de serem liberados na reserva de Guaratiba, passarão por um período de adaptação. “Será uma soltura branda. Eles ficarão aclimatando dentro de um viveiro e vão se adaptar com o ambiente. A ideia é que a colônia comece a prosperar, a se reproduzir e a gente conseguir ter uma população em Guaratiba. Esses animais acabam migrando, então podem ir para outros lugares do Rio também”.

Nova lista

Cupello afirmou que a Secretaria Estadual do Ambiente e o Inea estão preparando uma atualização da lista de espécies de animais ameaçados de extinção no estado. A autorização para iniciar o levantamento da fauna estadual e seu status de conservação no território fluminense foi recebida pela Secretaria este mês.

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A lista atual foi produzida há 15 anos, por uma equipe da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e mostrou a existência de 257 espécies em risco de desaparecer da natureza no estado.

Segundo Marcelo Cupello, a ideia é que a nova lista seja concluída em até dois anos. “Dentro desse projeto, está sendo previsto também fomentar treinamentos e equipamentos para as unidades de conservação estaduais e municipais, para que a gente comece a gerar dados e não tenha uma perda de informação. A ideia é que a gente consiga atualizar essa lista em um tempo menor”, explicou Cupelo.

As listas de ameaça da fauna servem, entre outras coisas, para direcionar ações de conservação para as espécies com maior risco. “A gente vai poder se planejar e gerar políticas que possam trabalhar na conservação prioritária dessas espécies”, disse.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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