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Quiosque Moise é inaugurado no Parque Madureira, no Rio

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A inauguração do quiosque Moise, no Parque Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi marcada por dança, por música e também por muita dor e emoção. A cerimônia, que ocorreu na tarde de hoje (30) reuniu a família do jovem, políticos e representantes de organizações da sociedade civil. Quem esteve no local pode provar parte do cardápio que será servido.

O jovem congolês Moïse Kabagambe foi brutalmente espancado em um quiosque na Barra da Tijuca no dia 24 de janeiro deste ano. O espancamento de Moïse foi registrado pelas câmeras de segurança do quiosque. “Essa situação é muito dura, não pode acontecer com outra mãe”, diz a mãe de Moïse Kabagambe, Ivana Lay. “Esse lugar aqui vai ficar em memória a Moise. Se a gente tiver saudade dele, a gente vai ficar aqui para extravasar”.

O município do Rio havia oferecido à família de Moïse, inicialmente, a concessão do quiosque Tropicália, onde o jovem foi morto, mas os familiares do rapaz de 24 anos não aceitaram, alegando razões de segurança. Em março, a família aceitou, no entanto, administrar o quiosque no Parque Madureira. A família conta que escolheu o local pois era onde Moise gostava de passar o tempo livre.

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A data de inauguração simboliza o Dia da Independência da República Democrática do Congo, completando os seus 62 anos. O projeto do quiosque foi realizado pela Prefeitura do Rio e pela concessionária Orla Rio como uma oportunidade de negócio para a família empreender e disseminar a cultura do Congo aos cariocas e turistas.

A família escreveu uma carta, que foi lida na cerimônia, na qual lembrou de Moise como um “menino que arrancava sorrisos ao seu redor” e que era amado por todos, cujo sonho era “ser chef de cozinha e ter um restaurante no Rio de Janeiro, cidade que tanto amava”.

“Hoje faz exatamente 5 meses e 6 dias que nossos corações sangraram”, diz o texto. “Hoje acreditamos que a história de Moise teria caído no esquecimento se não fosse nossa luta junto a todo mundo que nos apoiou. Agradecemos a todas as pessoas que se uniram para nos auxiliam em busca de justiça para nosso filho para que se avance o julgamento de seus algozes. Gritemos juntos não ao racismo e não à xenofobia”.

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Segundo o prefeito Eduardo Paes, o local torna-se também um memorial em homenagem ao jovem. “É um sinal claro que a gente não vai aceitar no Rio, no Brasil, atos de xenofobia, de racismo, de preconceito e mortes tão violentas, tão sem sentido como esta do Moïse. É óbvio que a gente não vai reparar a dor da família, mas é uma forma de homenagear e lembrar permanentemente desse ato bárbaro que acabou com a vida de um homem”, disse Paes.

Localizado próximo ao portão 1 do parque, o espaço possui 154 metros quadrados (m²) de área total e capacidade para 60 lugares. De acordo com a Orla Rio, a arquitetura e cores totalmente inspiradas na cultura africana, o espaço ainda conta com um grafite exclusivo do artista Airá Ocrespo, que é conhecido por trazer em todas as suas obras o empoderamento negro. O local também conta com uma arte em azulejos com o rosto do congolês e funcionará como pólo cultural congolês, por meio da parceria com o Instituto Akhanda.

Edição: Bruna Saniele

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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