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Rio Art Tattoo Festival destaca história da arte da tatuagem no Brasil
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O Píer Mauá recebe, a partir do próximo dia 5, a primeira edição do Rio Art Tattoo Festival, que reunirá mais de 300 artistas nacionais e internacionais da tatuagem. O evento se estenderá até o dia 7, no horário de 12h à meia-noite. Para os tatuadores, os trabalhos terão inicio às 10h, diariamente.
Um dos organizadores do evento, Sylvio Freitas, profissional do setor há mais de 20 anos, disse que o projeto piloto do Rio Art Tattoo aconteceu há dez anos, no mesmo local, quando foram trazidos 50 artistas estrangeiros, Outros eventos foram realizados durante os anos seguintes até a pandemia do novo coronavírus (covid-19), quando esse ciclo foi encerrado. Freitas e os sócios tatuadores Helida Yama e Ganso Galvão e a agência Sommar repensaram então o formato e a estrutura ideais do evento, trazendo uma nova proposta. “Nasceu o Rio Art Tattoo Festival”, disse.
Segundo Sylvio Freitas, a ideia desse novo formato é trazer em evidência a história da tatuagem, numa visão mais artística do que empresarial, em que a tecnologia é mais reconhecida atualmente do que a essência da tatuagem, “que é uma arte milenar”.
“Com isso, a gente conseguiu trazer de volta para o cenário grandes artistas, que começaram a tatuagem no Brasil, para que os jovens conheçam os precursores da arte no país”,disse.
Freitas disse que embora a tatuagem brasileira seja muito reconhecida e bem-vista no exterior, não se pode esquecer os pioneiros dessa arte que abriram os caminhos no país até chegar aos tempos atuais. Os organizadores enfatizam a importância do convívio entre gerações e experiências.
Fórum
Um diferencial do festival é o inédito Fórum Tattoo Convention, que reunirá antropólogos, historiadores, médicos, entre outros especialistas, para abordar o tema da tatuagem.
Freitas citou o historiador Toni Marques, autor do primeiro livro sobre essa arte, intitulado O Brasil Tatuado; Jun Matsui, um dos mais conceituados tatuadores brasileiros que contou, em filme, como foi sua chegada ao universo da tatuagem, depois de passar uma longa temporada no Japão; além de tatuadores indígenas que não estão fazendo só grafias indígenas, mas já atuam no mercado. Para reforçar a presença feminina na arte da tatuagem, haverá o espaço Tattoo Delas.
Outra atração será o Focus Tattoo Cine, festival de curtas-metragens sobre a temática. Alunos da faculdade de cinema da Universidade Federal Fluminense (UFF) acompanharão o festival documentando tudo que acontece. No último dia do evento, haverá exibição dos curtas produzidos.
“São várias vertentes da tatuagem, de vários pontos de vista, incluindo formadores de opinião, fabricantes de material, revendedores, importadores. Todos vão estar palestrando sobre o mercado da tatuagem também”, informou.
Haverá ainda exposição de artes, como pintura e escultura; gastronomia; música. Na parte musical, shows ocorrerão durante todo o dia, com o projeto Ecoando, e DJs tocando hip hop e música eletrônica.
Pela primeira vez o Rio Art Tattoo Festival desenvolverá um projeto social no Espaço Kids, recebendo no dia 5, às 14h, excursão de alunos de uma escola pública, definida pela prefeitura carioca. Os estudantes serão levados para conhecer o mercado da tatuagem e a nova profissão que se acha em evolução. “Nós estaremos prontos para receber essas crianças lá e mostrar as atividades artísticas no Espaço Kids”.
O melhor tatuador do festival garantirá passagens e estande para participar na Barcelona Tattoo Expo, em outubro, na Espanha. A ideia de Sylvio Freitas é colocar o Rio Art Tattoo no calendário internacional.
Os ingressos têm valores de R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia entrada), mas há promoções de combos família por R$ 90 para quatro ingressos, cujo valor unitário sai a partir de R$ 22,50, levando um quilo de alimento não perecível. Crianças até 12 anos de idade têm entrada franca. Maiores de 12 anos, pagam meia entrada. Os ingressos podem ser adquiridos no site do evento.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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