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Risco de inundação provoca fechamento de comportas em Santa Catarina
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A Secretaria de Estado de Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina determinou o fechamento de todas as comportas da Barragem Oeste, na cidade de Taió. De acordo com a pasta, a medida foi tomada para evitar inundação.
“O fechamento se faz necessário pois tem o objetivo de diminuir a vazão dos risos à justamente antes da chegada das chuvas previstas”, informou o aviso divulgado na página da secretaria na internet.
O município e as cidades de Laurentino, Rio do Oeste e Rio do Sul estão sob estado de calamidade pública, conforme o decreto do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, assinado na terça-feira (31). A causa da decisão do governador são as fortes chuvas que atingem o estado. “O decreto publicado no Diário Oficial de Santa Catarina tem vigência de 180 dias”, informou o governo catarinense.
A Defesa Civil informou também que a operação na Barragem Oeste está sendo monitorada por equipe técnica. “Ainda há risco muito alto para inundações graduais em toda região do Vale do Itajaí”, completou.
A secretaria pediu para a população ficar atenta aos alertas e seguir as recomendações das defesas civis dos municípios.
Previsão do tempo
De acordo com a Defesa Civil, nesta quinta (2) e amanhã o processo de formação de uma frente fria associada a um ciclone extratropical entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai provoca temporais e chuva intensa em Santa Catarina.
Hoje a previsão é chuva intensa e temporais no Grande Oeste e em áreas de divisa com o Rio Grande do Sul e avançam gradualmente para as demais áreas do estado.
“A chuva intensifica na madrugada e manhã de sexta-feira (03). No período, são esperados acumulados de 100 a 130 mm no Grande Oeste e parte dos planaltos, de 50 a 100 mm no Litoral Sul, Grande Florianópolis e Alto Vale do Itajaí. Já no Baixo e Médio Vale do Itajaí e Litoral Norte, os acumulados variam de 50 a 80 mm”, relatou, acrescentando, que em todas as regiões, podem ser observados pontuais acima dos valores previstos.
Conforme a secretaria “há risco para alagamentos, enxurradas, destelhamentos, danos na rede elétrica e queda de galhos e árvores”.
Já para sexta e sábado (4), a previsão é de ventos mais fortes em todo o estado, com rajadas entre 50 e 80 km/h principalmente no Grande Oeste, Planalto Sul e litoral, podendo superar os 100 km/h na serra. “No final de semana, o afastamento do ciclone extratropical provoca agitação marítima e traz risco para ressaca entre o Litoral Sul e a Grande Florianópolis. A direção das ondas predomina de quadrante sul, com altura média de 2,5 a 3,5 m, com picos de até 4 m”, completou.
A nota da secretaria destacou que no final da tarde de sexta-feira, “um sistema de alta pressão atmosférica começa a avançar sobre o estado, deixando o tempo firme em Santa Catarina. Esta condição de estabilidade permanece até a metade da próxima semana”.
Previsão hidrológica
Segundo a Defesa Civil, os níveis dos rios catarinenses se elevaram na maior parte do estado, por causa das chuvas registradas ao longo da madrugada e nesta manhã. A tendência é que a elevação dos níveis permaneça entre hoje e amanhã trazendo risco muito alto para ocorrências de enxurradas, alagamentos e inundações nas bacias hidrográficas das regiões do Planalto Sul, Grande Oeste, Planalto Norte e Vale do Itajaí.
O risco continua alto para ocorrências de enxurradas e alagamentos, podendo ocorrer extravasamentos em rios menores, como riachos e ribeirões nas bacias das regiões da Grande Florianópolis e Litoral Sul.
Já nas bacias hidrográficas dos Rios Canoas, Negro, Canoinhas e Timbó ainda estão em situação de alerta e emergência para inundações, com tendência de elevação dos níveis ao longo do final de semana.
“É importante ressaltar que as previsões do tempo podem sofrer alterações, assim como a situação hidrológica, que devem ser acompanhadas diariamente. Os órgãos seguem em monitoramento constante das condições meteorológicas e hidrológicas no estado de Santa Catarina e recomendamos sempre acompanhar diariamente a previsão do tempo e os avisos e alertas emitidos por fontes oficiais”, apontou a secretaria.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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