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Rompimento na adutora compromete fornecimento de água em Paquetá
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A Águas do Rio, concessionária responsável pelo abastecimento de água na Ilha de Paquetá, na Baía de Guanabara, distante cerca de 15 km do Rio de Janeiro, informa que houve um rompimento na adutora subaquática que abastece a ilha, comprometendo o fornecimento de água na região.
“Uma balsa com 450 mil litros de água e outra com 240 mil litros já foram disponibilizadas pela concessionária para manter a ilha abastecida hoje, enquanto mergulhadores realizam um trabalho complexo para concluir os reparos do vazamento”, informou a concessionária.
O trabalho de reparo vai continuar neste sábado (13).
Moradores de Paquetá reclamam que estão sem água há dois dias e somente hoje técnicos da concessionária chegaram no bairro para avisar à população do vazamento na adutora subaquática.
O Hospital Municipal Arthur Villaboim, que atende a população, conta com duas cisternas para atender suas necessidades.
Localização
A Ilha de Paquetá está localizada na Baía de Guanabara e a principal forma de acesso é por barcas que partem da Praça XV de Novembro, na região central do Rio.
Paquetá tem população de 3.612 habitantes, sendo 1.935 mulheres (53,6%) e 1.677 homens (46,4%), sendo 12,8% da população são crianças com até 14 anos de idade e 31,6% idosos com 60 anos ou mais de idade.
A concessionária Águas do Rio solicita aos moradores que usem água de forma consciente e diz que está à disposição da população pelo 0800 195 0 195 (ligações ou mensagens via WhatsApp).
Edição: Fernando Fraga
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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