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Santos Dumont é homenageado com concurso de fotos
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Os fãs de Alberto Santos Dumont têm até o próximo dia 19 para se inscrever no Concurso de Fotografia do Comando da Aeronáutica (Comaer). A meta é homenagear os 150 anos do nascimento do pai da aviação e patrono da Aeronáutica, celebrados no dia 20 de julho. As fotos têm como tema “A vida, as obras e os valores de Santos Dumont”. O edital e as fichas de inscrição podem ser acessados aqui.
O concurso é aberto a pessoas físicas residentes no Brasil. Segundo o Comaer, cada participante poderá encaminhar até três fotografias de técnica livre. Criatividade é um dos principais critérios para a seleção dos ganhadores, além de originalidade, estética, qualidade fotográfica (técnica), relevância e qualidade informativa da mensagem, em consonância com o tema. Os candidatos poderão usar recursos complementares de lentes, filtros especiais e ampliação, entre outros.
A avaliação das fotografias será feita por uma comissão julgadora formada por membros do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer) e profissionais especializados. As fotografias devem ser digitais e podem ser coloridas ou em preto e branco. O formulário de inscrição deverá ser acompanhado do termo de cessão de direito de uso de imagem. O resultado do concurso será divulgado no dia 31 deste mês, nos canais oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) na internet e mídias sociais, a partir das 16h.
Museu
No último fim de semana de julho (dias 29 e 30), o Museu Aeroespacial (Musal), situado na Avenida Marechal Fontenelle, 2000, Campo dos Afonsos, zona oeste do Rio de Janeiro, estará de portões abertos em comemoração ao sesquicentenário de Santos Dumont e, também, aos 50 anos do equipamento. A entrada é gratuita. Haverá atividades para toda a família, com demonstrações aéreas da Esquadrilha da Fumaça, mostras de filmes, ações educativas e visitas às salas temáticas do museu.
No dia 27 de agosto, o Musal dará prosseguimento à celebração do sesquicentenário de Santos Dumont, com a realização da segunda etapa de corrida (14 Bis), alusiva aos principais inventos do pai da aviação. A primeira etapa – denominada Balão Brasil – ocorreu no dia 18 de junho deste ano.
Fechando o circuito, para o dia 26 de novembro está prevista a terceira e última etapa de corrida (Demoiselle). Os interessados em participar das duas corridas podem se inscrever pelo Instagram e, também, pelo link.
Vida e obra
Alberto Santos Dumont é considerado um dos precursores da aviação e da criação de aeronaves no mundo. Ele nasceu em 20 de julho de 1873, no sítio Cabangu. O local passou, em 1890, a pertencer ao município de Palmyra, em Minas Gerais, um dos bens tombados sob tutela da Força Aérea Brasileira.
Ele era filho de Francisca Santos Dumont, de tradicional família portuguesa que veio para o Brasil em 1808, com D. João VI, e de Henrique Dumont, engenheiro civil de obras públicas que, anos mais tarde, se tornou cafeicultor em Ribeirão Preto (SP). De ascendência francesa, Henrique Dumont influenciou a trajetória do filho Alberto, direcionando os estudos do rapaz para a mecânica, física, química e eletricidade, dado o seu interesse pelo funcionamento de máquinas da fazenda.
O sonho de voar de Alberto surgiu aos 15 anos, quando ele viu um balão livre nos céus de São Paulo. Esse tipo de balão faz sua ascensão sem possuir nenhum tipo de dirigibilidade, ficando ao sabor das correntes aéreas. Emancipado pelo pai, o jovem Alberto, de 18 anos, viajou para Paris para completar os estudos e perseguir o seu sonho de voar.
Ao chegar à capital francesa, ele se admira com os motores de combustão interna a petróleo que começavam a aparecer impulsionando os primeiros automóveis e compra um para si, investigando todo o seu funcionamento. Logo estava promovendo e disputando as primeiras corridas de automóveis em Paris.
Aos 24 anos, teve sua primeira decolagem bem-sucedida a bordo de um balão livre alugado. Um ano depois, em 1898, projeta e constrói, com a ajuda de operários e construtores de balões franceses, seu primeiro balão livre, que recebeu o nome de Brasil, o menor balão tripulado já feito, homenageando seu país de origem. Logo em seguida, Santos Dumont inventou os balões dirigíveis.
Em 1901, pilotou seu balão Número 6, movido a gasolina, sobre Paris, e ganhou prêmio de 100 mil francos por seu feito. Tornou-se o centro das atenções, despertando o interesse militar para seus balões. Após o sucesso conquistado com balões e dirigíveis, Santos Dumont partiu para outra linha de pesquisa que era voar com um veículo mais pesado que o ar.
O primeiro salto no ar do 14 Bis ocorreu no dia 7 de setembro de 1906, mas faltou potência. Em outubro do mesmo ano, com motor Antoinette de 50 HP, o 14 Bis voou, decolando, mantendo-se no ar por uma distância de 60 metros, a três metros de altura, e aterrissou. Foi o primeiro voo homologado do mais pesado que o ar para uma multidão de testemunhas eufóricas no campo de Bagatelle, em Paris.
No dia seguinte, toda a imprensa francesa enalteceu o fato histórico, o triunfo de um obstinado brasileiro, que, pelo feito, conquistou o prêmio Archdeacon oferecido pelo Aeroclube de França. O dinheiro do prêmio foi distribuído entre operários e pobres de Paris, como era o costume do inventor.
Santos Dumont se tornou uma celebridade conhecida mundialmente. Em 1909, ele voou no avião Demoiselle, um dos primeiros aeroplanos do mundo, que se tornou um sucesso comercial. O inventor brasileiro trabalhou também em melhorias no desenho do avião, entre os quais a adição de cauda vertical para melhor estabilidade e controle.
Seus projetos foram aperfeiçoados por outros aviadores e projetistas, uma vez que ele não os patenteava. Sua ideia era dotar a humanidade com meios que facilitassem as comunicações. Por isso, ficou desgostoso com o uso agressivo que o avião teve na Primeira Guerra Mundial.
Em 31 de julho de 1932, a cidade de Palmyra, em Minas Gerais, passou a ser conhecida como Santos Dumont, em homenagem ao pai da aviação.
Retorno
Em 1914, durante a Primeira Guerra Mundial, Santos Dumont retornou ao Brasil, sendo recebido com festa pela população. Ele morreu em 23 de julho de 1932, em Guarujá (SP), mas seu legado vive até hoje. Seu coração está preservado sob a custódia da Força Aérea Brasileira e encontra-se em exposição no Museu Aeroespacial, no Rio de Janeiro.
Em 4 de julho de 1936, a Lei 218 declarou o dia 23 de outubro como o Dia do Aviador, homenageando, assim, o primeiro voo do mais pesado que o ar. No mesmo ano, o primeiro aeroporto do Rio recebeu o nome do aeronauta. Na década de 1970, ele foi considerado Engenheiro Honoris Causa pela Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Vídeo
Para lembrar o 20 de julho de 1873, a Força Aérea Brasileira lançou este mês um vídeo institucional, cujo objetivo é lembrar a vida, as obras e os valores desse brasileiro que se destacou no mundo inteiro pela característica da invenção e da inovação. De acordo com a FAB, o vídeo é uma oportunidade de resgatar a história desse brasileiro “que é motivo de orgulho para todo o país”.
Até o dia 10 deste mês, quem passar pelo saguão principal do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, poderá conferir a exposição 150 anos em 150 imagens, em comemoração ao sesquicentenário de Alberto Santos Dumont. O horário é de 8h às 20h. Realizada pelo Terceiro Comando Aéreo Regional, a mostra seguirá depois para o Shopping Village Mall, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, onde ficará de 13 a 19 de julho, no horário de 10h às 22h.
O conteúdo traz imagens que retratam a vida, as obras e os valores de Santos Dumont; uma réplica da aeronave Demoiselle, voada pela primeira vez pelo inventor em 1907; itens pessoais, como o chapéu Panamá; miniaturas das aeronaves KC-390 Millennium, Gripen e 14-Bis; além de uma maquete da Casa de Santos Dumont, em Petrópolis, no estado do Rio. Militares estarão nos dois locais para tirar dúvidas dos visitantes durante o período das exposições.
Outro evento alusivo aos 150 anos de Santos Dumont se estenderá até o dia 14 deste mês. Trata-se de uma exibição de objetos pessoais do pai da aviação e trabalhos artísticos criados por alunos de escolas de Barbacena (MG). Intitulada 150 anos, 150 imagens, a exposição está aberta ao público no Ginásio Poliesportivo da Escola Preparatória de Cadetes do Ar.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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