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São Paulo fecha 2022 com aumento de homicídios dolosos e de estupros

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Em 2022, o número de homicídios dolosos (com intenção de matar) tiveram alta de 4,7% com relação a 2019 no estado de São Paulo, atingindo o maior patamar de casos desde 2018. Divulgado hoje (26) pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o dado mostra que uma pessoa foi morta a cada três horas no estado.

Em todo o ano de 2022 foram registrados 2.909 homicídios dolosos, que fizeram 3.044 vítimas – o número de vítimas varia porque, em cada caso, mais de uma pessoa pode ter sido morta. Em 2018, foram 2.949 casos, com 3.106 vítimas. 

A secretaria tem comparado os números de 2022 com o ano de 2019, ano anterior à pandemia do novo coronavírus, alegando que o isolamento social pode influenciar no balanço. 

Em 2019, foram registrados 2.778 casos de homicídios, que fizeram 2.906 vítimas. A SSP não informou o que explica esse aumento, mas disse que o secretário Guilherme Derrite vai conceder uma entrevista coletiva amanhã para falar sobre esses números.

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Estupro

Além dos homicídios dolosos, os estupros também tiveram aumento em todo o estado. O total de estupros, seja de vulneráveis seja de adultos, aumentou 1,9%, passando de 12.374 para 12.615 registros. Foi o segundo maior número de casos de estupro da série histórica, iniciada em 2001. Até então, o maior número de casos de estupros havia sido registrado em 2012, quando foram abertas 12.886 ocorrências.

Furtos

Os furtos em geral também aumentaram, passando de 522.167 ocorrências em 2019 para 564.940 no ano passado. Este foi o segundo maior número de furtos em geral da série histórica, atrás apenas do ano de 2005, quando foram registradas 564.960 ocorrências. 

Já em relação aos latrocínios (roubo seguido de morte), o estado fechou o ano de 2022 em queda de 7,3%, passando de 192 casos em 2019 para 178 no acumulado do ano passado. Também houve queda no número de roubos em geral, que passaram de 255.397 para 245.900, ou seja, 9.497 ocorrências a menos.

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Dezembro

Considerando-se apenas o mês de dezembro, o número de homicídios dolosos apresentou queda de 2,7% no estado paulista, com a notificação de 286 casos, oito a menos que a comparação com o mesmo mês de 2019. Já os estupros aumentaram, passando de 916 para 964 casos.

Também houve crescimento nos roubos em geral, que passaram de 21.188 casos para 21.869, e em furtos em geral, que passaram de 38.904 para 47.154 ocorrências na mesma base de comparação.

Os latrocínios, por sua vez, se mantiveram estáveis, com 26 registros no mês.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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