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São Paulo recebe primeiro festival de cinema e gastronomia
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Começa hoje (5), na capital paulista, o 1º São Paulo Food Film Fest, festival de cinema que exibirá mais de 40 filmes de 15 diferentes países, clássicos da ficção e documentários contemporâneos ligados à comida, à cultura e aos sistemas agroalimentares.
As produções serão exibidas até o dia 12, de forma híbrida e gratuita, no Espaço Itaú Augusta e na Cinemateca Brasileira. Os espectadores presenciais poderão participar de ciclos de debates e da degustação de pratos “inesquecíveis” do cinema, após algumas das exibições. O público de casa poderá assistir os filmes por meio da plataforma oficial e o público infantil pode participar de oficinas de animação em stop motion (técnica de animação usada em computador).
O festival marca o Mês da Alimentação, celebração escolhida pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) com o objetivo de envolver governos e a população na luta contra fome, desnutrição e pobreza. “Nosso propósito é trazer, através do cinema, temas urgentes para discussão, sem deixar de promover a experiência sensorial que a gastronomia traz”, disse uma das idealizadoras do projeto, Daniela Guariba.
Para colocar em pauta assuntos urgentes, que necessitam de discussão no momento, os idealizadores do festival incluíram títulos com temas controversos, que chamam a atenção para o momento atual. De acordo com dados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil de 2022, a fome atinge 33,1 milhões de pessoas no país.
Os filmes Agricultura Tamanho Família; À Procura de Mulheres Chefs (The Goddesses of Food); Quentura e A Grande Ceia Quilombola; Uma História de Desperdício (Wasted! A Story of Food Waste) e Cooperativa Park Slope (Food Coop) serão exibidos online e sucedidos de mesas com convidados para debates de temas como Agricultura e Fome, Gênero na Cozinha, Comida Ancestral, Produção e Desperdício, Consumo Consciente e Economia Solidária.
O evento aproveita para comemorar os 35 anos do filme A Festa de Babette, baseado na obra de Isak Dinesen, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1988. O clássico se passa em uma remota aldeia dinamarquesa, dominada por tradição puritana, onde duas irmãs solteiras recordam com nostalgia a juventude. A chegada de Babette de Paris, fugindo ao terror da repressão à Comuna de Paris, mudará suas vidas. Acolhida como empregada, anos depois Babette ganha uma fortuna em uma loteria de Paris e tem a oportunidade de corresponder à bondade e calor humano com que foi recebida, organizando uma opulenta festa com os melhores pratos e vinhos da gastronomia francesa.
Serão exibidos ainda títulos japoneses como Tampopo – Os Brutos Também Comem Espaguete, de Jûzô Itami, uma comédia cult. Tampopo é uma viúva dona de restaurante determinada a dominar a arte do lámen – tradicional macarrão de origem chinesa. O marroquino Adam, de Maryam Touzani, é uma sensível trama que se desenrola no Marrocos e mostra a atmosfera cheia de aromas de pães e doces maravilhosos e o drama das mulheres na sociedade marroquina.
A programação ainda traz obras que falam da produção de alimentos e bebidas como Os Cervejeiros da Vez, de Aaron Hosé; Brewmance; Amor pela Cerveja, de Christo Brock; Os Caçadores de Trufas, de Michael Dweck e Gregory Kershaw; O Nascimento do Saquê, de Erik Shirai; Pão: O Milagre de Cada Dia, de Harald Friedl, entre outros. Entre os filmes nacionais estão Antes do Prato, de Carol Quintanilha; A Terra e o Prato, de João Grinspum Ferraz e Fábio Meirelles, Estômago; e o documentário A Grande Ceia Quilombola.
Para mais informações basta acessar o site ou acompanhar as redes sociais São Paulo Food Film Fest e Instagram.
Edição: Maria Claudia
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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