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Série documental da TV Brasil ganha reconhecimento em festival

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A série Fortes do Brasil, produção original da TV Brasil, conquistou o Troféu Apollo de melhor roteiro no Festival Militum 2022. O documentário desenvolvido pela equipe da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) obteve distinção entre as 50 obras inscritas na quarta edição do Festival de Cinema de História Militar. A premiação foi concedida ao episódio lançado pelo canal em 2019, na estreia do seriado, com um panorama sobre a Fortaleza de Santa Cruz da Barra, situada em Niterói, no Rio de Janeiro.

Ao todo, a série documental criada pela equipe da emissora pública teve três programas selecionados entre os 22 concorrentes escolhidos para disputar a láurea em onze categorias. Os finalistas foram exibidos durante o IV Festival Militum promovido em setembro, no Rio de Janeiro. Com mais de 23 horas de conteúdo audiovisual, o concurso reuniu 37 documentários, oito obras de ficção e cinco animações.

Além da atração sobre a Fortaleza de Santa Cruz da Barra, os episódios sobre a Fortaleza de São João e o Forte Duque de Caxias ganharam destaque. Os sete documentários da primeira temporada exibidos pelo canal público na telinha e os seis da segunda estão disponíveis para assistir no app TV Brasil Play.

A realização do seriado Fortes do Brasil mobilizou diversos profissionais da EBC. Com direção de Carlos Colla, responsável pela ideia original, Poliana Guimarães e Leonardo Dias, a produção dos materiais inéditos envolveu o trabalho de especialistas de diversos setores da empresa.

Desafios da produção

Apresentar uma perspectiva histórica sobre as fortalezas e os fortes mais importantes do país sob uma perspectiva instigante para o telespectador. Com esse mote, o núcleo de documentários da TV Brasil norteou o trabalho para elaborar a série Fortes do Brasil.

De acordo com os produtores, a equipe buscou se especializar na difusão de materiais históricos sob a perspectiva de vários interlocutores para trazer pluralidade e credibilidade aos conteúdos. “Conquistar reconhecimento de diversos setores da sociedade mostra que estamos no caminho certo, na missão de informar e difundir conhecimentos relevantes”, avaliam.

O trabalho de pesquisa, produção e realização passou por diversas etapas para organizar a ideia e colocar o projeto no ar. “Buscamos entrevistados de diferentes áreas, historiadores civis e militares, que pudessem trazer diversas visões de mundo, além de falar com pessoas que tiveram suas vidas impactadas, de alguma forma, por esses sítios históricos.”

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A perspectiva estática também esteve presente na concepção. “Selecionamos as locações com bastante critério para que a parte estética da série tivesse relação direta com cada período a ser retratado durante os episódios. O conteúdo foi formatado na ilha de edição pela equipe de produtores, diretores, roteiristas e editores”, destacam os realizadores.

Eles reforçam o propósito de Fortes do Brasil. “O intuito da série é contar um pouco da história do país através dos locais mais emblemáticos da defesa do nosso território, as fortificações erguidas a partir do século XVI na América Portuguesa”, concluem.

A produção do seriado é assinada por Poliana Guimarães, Leonardo Dias e Rafael Tavares. A edição é de Diego Lourenço. O roteiro do primeiro episódio da temporada de estreia sobre a Fortaleza de Santa Cruz da Barra, premiado no IV Festival Militum, foi desenvolvido por Leonardo Dias e Rafael Tavares.

Episódio laureado

A primeira edição da série Fortes do Brasil percorre a Fortaleza de Santa Cruz da Barra, espaço com uma área construída de mais de sete mil metros quadrados no bairro de Jurujuba, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Historiadores e professores ajudam a contar essa trajetória.

A temporada de estreia do seriado acompanha a história do país por meio da importância das fortificações que hoje são museus a céu aberto. A sequência de edições apresenta o Complexo de Defesa da Baía de Guanabara. As construções protegiam a região do Rio de Janeiro, um ponto essencial para a navegação no Atlântico Sul e que era disputada por diversas nações. A defesa era essencial para o sucesso da ocupação portuguesa na América e, posteriormente, para a soberania do Brasil.

Considerada uma das primeiras fortificações na Baía de Guanabara, a Fortaleza de Santa Cruz é uma das maiores construções marítimas desse tipo na América Latina. A localização estratégica na entrada da baía favorecia a proteção do território nacional.

A fortaleza foi decisiva para impedir invasões francesas e holandesas. Também esteve envolvida ativamente em conflitos como a Revolta da Armada e o Tenentismo. As paredes da construção guardam a memória de piratas, navegadores e muitas lendas. Os principais momentos da Fortaleza de Santa Cruz são narrados por historiadores e personagens que fazem parte dessa história.

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A origem remete ao ano de 1555 quando Villegaignon improvisou uma fortificação para a defesa da entrada da Baía de Guanabara. Tomada por Mem de Sá dois anos mais tarde, a área foi ampliada, recebendo o nome “Nossa Senhora da Guia”, embrião da Fortaleza de Santa Cruz.

A construção passou por reformas e teve seu poder de fogo ampliado por ordem do Vice-Rei Conde de Cunha, visando proteger o embarque do ouro de Minas Gerais, no porto do Rio de Janeiro. A fortaleza participou de momentos importantes da história brasileira. Enquanto presídio, recebeu figuras ilustres do país como José Bonifácio, Bento Gonçalves e Euclides da Cunha.

Durante a República Velha, a construção teve participação importante na Revolta da Armada. Já em 1922, na Revolta Tenentista, a Fortaleza de Santa Cruz abriu fogo contra o Forte Copacabana. O seu último disparo, contra o cruzador Tamandaré, foi dado em 1955.

Festival Militum

Idealizado e dirigido pelo cineasta Daniel Mata Roque, o Festival Militum é organizado pela Pátria Filmes. O evento tem parceria com o Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB), o Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (CEPHiMEx/DPHCEx) e a Academia de História Militar Terrestre do Brasil – Seção Rio de Janeiro (AHIMTB-RIO).

Também estão na organização a Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira – Direção Central (ANVFEB) e a Sociedade Amigos da Marinha – Rio de Janeiro (SOAMAR-RIO). A iniciativa ainda conta com o apoio do Clube de Veículos Militares Antigos do Rio de Janeiro (CVMARJ), do Portal FEB e do CH Grupo.

Ao vivo e on demand

Acompanhe a programação da TV Brasil pelo canal aberto, TV por assinatura e parabólica. Sintonize: https://tvbrasil.ebc.com.br/comosintonizar.

Seus programas favoritos estão no TV Brasil Play, pelo site ou por aplicativo no smartphone. O app pode ser baixado gratuitamente e está disponível para Android e iOS. Assista também pela WebTV: https://tvbrasil.ebc.com.br/webtv.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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