Search
Close this search box.
CUIABÁ

BRASIL

Site coloca em contato donos de imóveis e desalojados em Petrópolis

Publicados

BRASIL


A prefeitura de Petrópolis colocou no ar hoje (2) o Sistema de Cadastro de Imóveis para Locação. Hospedado no site do município, ele funcionará como ferramenta para facilitar negócios entre os proprietários de imóveis disponíveis para aluguel e os desalojados em função das chuvas que causaram a tragédia na cidade.

As famílias atingidas foram cadastradas como beneficiárias do aluguel social, auxílio no valor de R$ 1 mil  que será garantido pelo poder público: R$ 800 pagos pelo governo estadual e R$ 200 pela prefeitura. 

O sistema foi pensado para ajudar essas pessoas a encontrar imóveis compatíveis com o orçamento e com suas demandas, fora das áreas de risco. Caso a câmara municipal aprove projeto de lei proposto pela prefeitura, os proprietários que disponibilizarem imóveis para as vítimas poderão gozar da isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

O uso dos recursos do aluguel social é acompanhado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, que também auxilia nas mudanças. As primeiras ocorreram neste fim de semana. A concessionária Águas do Imperador, responsável pelo abastecimento hídrico na cidade, acatou pleito do município e aceitou zerar a taxa de religamento nos imóveis destinados às famílias atingidas.

Leia Também:  Capital paulista registra déficit de 66% nas chuvas em fevereiro

Temporal

O temporal que desabou em Petrópolis no dia 15 de fevereiro foi apontado pelo governo do Rio de Janeiro como a pior chuva na cidade desde 1932. Segundo o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, choveu 258,6 milímetros em três horas. A tragédia já é considerada a maior da história da cidade superando o total de mortos registrado nos temporais de 1988 e de 2011.

Segundo o último boletim, divulgado nesta noite, 232 pessoas morreram e há cinco desaparecidos. Escolas públicas e outras instituições que foram preparadas para receber os que perderam ou tiveram que deixar suas casas e estão abrigando 1.007 moradores.

A prefeitura tem relatado um grande volume de solicitações de vistoriais em imóveis nas localidades afetadas. Para atender a demanda, a Defesa Civil municipal está trabalhando com equipes reforçadas.

Aos poucos, os serviços públicos estão sendo restabelecidos. A campanha de vacinação contra a covid-19 foi retomada na semana passada e o número de postos de atendimento está sendo gradativamente ampliado. A distribuição de água foi 100% regularizada.

As empresas de ônibus continuam operando com redução de horários e frota. Segundo a secretaria municipal de transportes, a regularização completa ainda não foi possível devido às obstruções de vias, à necessidade de reparo em diversos veículos e à falta de funcionários. Muitos deles tiveram perdas familiares e materiais e não conseguiram ainda retornar ao serviço. Seis ônibus tiveram perda total.

Leia Também:  Desfile do 7 de setembro deve reunir cerca de 30 mil pessoas

Empreendedorismo

O Sicoob Rio, que integra o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob), lançou hoje o programa Acredita Petrópolis, voltado para reativar a economia dos pequenos empresários. A iniciativa busca oferecer apoio para empreendedores que foram atingidos na tragédia. Serão oferecidas linhas de crédito com condições especiais.

A prefeitura e o governo estadual são parceiros do programa, assim como entidades variadas como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). As linhas de crédito terão prazo de até 60 meses, carência de 180 dias e taxa pré-fixada de 0,89% ao mês, abaixo da média de mercado são condições ofertadas.

Edição: Fábio Massalli

Fonte: EBC Geral

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

BRASIL

Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

Publicados

em

A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

Leia Também:  Questões de gênero são foco em conferência sobre educação em Brasília

“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

Leia Também:  Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio estimado em R$ 60 milhões

Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA