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SP: secretarias fazem megaoperação para cumprir mandados judiciais

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As secretarias de Justiça e Cidadania e de Segurança Pública de São Paulo deflagraram, na madrugada desta quarta-feira (14), megaoperação policial para cumprir mandados de busca, apreensão e de prisão de foragidos da Justiça na capital paulista. O foco da operação eram menores infratores.

Segundo o secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, João Camilo Pires de Campos, a Operação SP Protegida visa ao cumprimento de mandados envolvendo internação de menores e prisão de adultos. “É uma operação robusta, com a participação de cerca de 800 policiais”, disse Campos. Ele informou que a operação continua em andamento e deve se estender para o litoral e o interior paulista.

Dos 1.162 mandados judiciais que visavam 988 menores e adolescentes infratores [alguns tinham mais de um mandado], apenas 94 foram cumpridos. Destes, 405 eram pedidos para que os menores se apresentassem a audiências judiciais. Neste caso, dez adolescentes foram encontrados pela polícia e serão conduzidos para se apresentar ao fórum.

No primeiro dia da operação, as autoridades foram ao endereço que essas pessoas têm no processo judicial. “A partir de hoje, inicia-se uma investigação pela Divisão de Capturas, e aí se começa um trabalho de inteligência para buscar [os infratores]”, explicou o secretário de Justiça e Cidadania, Fernando José da Costa.

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Os 94 adolescentes apreendidos foram encaminhados à Fundação Casa. “Este é um número histórico para a Fundação Casa, que, desde seu surgimento, nunca recebeu, em um mesmo dia, uma quantidade tão significativa [de adolescentes infratores]”, acrescentou Costa.

Questionados por que a operação tinha como foco adolescentes, as autoridades que divulgaram o balanço da operação informaram que os menores e adolescentes vêm sendo usados com frequência, por adultos, para o cometimento de crimes e atos infracionais na capital.

Cem mandados de prisão eram para maiores de 18 anos e, destes, 11 foram cumpridos.

Entre as prisões feitas hoje, quatro foram em flagrante. Uma delas foi a de um homem conhecido como Veiote que, segundo a polícia, é um dos traficantes mais conhecidos na região da Cracolândia. Também foi presa a mulher do traficante, conhecida como Arlequina, suspeita do mesmo crime. Eles foram presos em uma pensão localizada na Alameda Barão de Limeira, no centro da cidade.

Também foram presas em flagrante duas pessoas acusadas de quebrar o vidro de um carro para roubar celular.

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Entre o material que foi apreendido hoje, durante a operação, está um tijolo de crack que cujo valor foi estimado pela polícia entre R$ 12 mil e R$ 15 mil.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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