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Trem da linha 13 ao aeroporto de Guarulhos deve ficar pronto em 2024
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O trem (Automated People Mover – APM) que vai ligar a linha-13 Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) aos três terminais do Aeroporto Internacional de Guarulhos deverá estar em funcionamento no primeiro semestre de 2024. A informação foi dada hoje (22) pelo governador de São Paulo, João Doria, que informou que as obras terão início imediato, após autorização do Tribunal de Contas da União (TCU).
O TCU havia suspendido, no ano passado, o termo aditivo do contrato de concessão entre a GRU Airport, concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos, e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para a construção do Automated People Mover (APM). Mas este mês o TCU revogou essa medida e autorizou a sua implantação.
O Tribunal informou que vai acompanhar a execução das obras. “Precisávamos ter uma ligação que pudesse ser rápida, confortável e atraente para oferecer aos terminais de Guarulhos uma integração e uma sinergia. Fizemos uma séria de exigências que a concessionária (GRU Aiport) cumpriu até o último instante quando foi aprovada, há três semanas, por unanimidade, a nossa proposta de dar seguimento à operação com um monitoramento”, disse hoje o ministro do TCU Vital do Rêgo, que participou de forma virtual da coletiva do governo de São Paulo. Segundo ele, os ministros do TCU estarão “permanentemente em contato com a empresa concessionária”.
De acordo com Doria, os trens que farão essa ligação entre a CPTM e o aeroporto serão modernos. “Os trens são automáticos, sustentáveis, de alta tecnologia, com ar condicionado, wi-fi e painéis com os horários dos voos”, disse.
Para Gustavo Figueiredo, diretor executivo do Aeroporto de Guarulhos, esse trem vai ajudar a resolver o problema de trânsito na região. “No nosso entendimento vai resolver um problema de acesso ao aeroporto principalmente no período da manhã e da tarde, quando se tem grande fluxo de Guarulhos indo em direção a São Paulo. É uma alternativa de altíssima confiança e com tempo de trânsito convidativo, de 30 minutos [entre o centro de São Paulo e o aeroporto de Guarulhos]”.
APM
O APM é um tipo de trem elevado (uma espécie de monotrilho) que vai fazer o transporte de passageiros entre os três terminais do aeroporto e a linha 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Atualmente, essa baldeação entre a estação e o aeroporto precisa ser feita de ônibus. Com a conclusão dessa obra, esse trajeto será feito em seis minutos. A previsão do governo é de que ele possa transportar dois mil passageiros por hora em cada sentido. De acordo com o governo, esse transporte entre a linha-13 Jade da CPTM e o aeroporto será feita de forma gratuita.
“O investimento privado é de R$ 272 milhões por meio de um programa de concessão do aeroporto internacional de Guarulhos. Isso é abatido do valor que será pago pela concessionária”, explicou Doria.
Prolongamento da linha 13
O secretário dos Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, disse que o governo planeja ampliar a linha 13-Jade até a Barra Funda, na zona oeste da capital paulista. “Quando chegar o TIC [Trem Intercidades], teremos toda a conexão da região de Campinas e Jundiaí também ao aeroporto de Guarulhos”, disse ele.
Edição: Bruna Saniele


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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