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UFMT e associação promovem curso gratuito para jovens ciganos

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A Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT), em parceria com o Departamento de História da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), abriu inscrições para o curso online voltado a jovens ciganos de todo o país. 

A iniciativa é realizada no âmbito do projeto “Juventude Cigana: da invisibilidade à comunicação popular em saúde”, e foi viabilizada a partir de uma chamada pública para a sociedade civil realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e financiamento do governo do Canadá.

A formação é 100% virtual, gratuita e destinada exclusivamente a jovens romani de todo o Brasil. As inscrições estão abertas e vão até o próximo dia 31 de janeiro, no site.

O objetivo do curso é formar jovens ciganos e ciganas na produção de conteúdos digitais na área de saúde, com ênfase no combate a desinformação que circula nas redes. Parte da população cigana no Brasil ainda mantém a tradição nômade, transitando entre diferentes acampamentos de tempos em tempos, ou vivendo em agrupamentos familiares de vários indivíduos, o que expõe a comunidade, muitas vezes, à falta de assistência adequada em saúde.

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O curso também vai capacitar os jovens ciganos no combate ao anticiganismo, o discurso de ódio e o racismo contra essa população no Brasil. Ao todo, serão realizadas oito sessões online, entre 28 de fevereiro e 23 de março, com especialistas e profissionais de diferentes áreas.  

Entre os critérios para a seleção dos participantes, além de ser exclusivo para pessoas ciganas, estão a prioridade para faixa etária entre 15 a 35 anos, paridade de gênero e diversidade sexual. Também é exigida disponibilidade para participação nos horários do curso  – 19h às 20h30 – horário de MT e 20h às 21h30 – horário de Brasília.

A seleção buscará uma maior distribuição territorial com participantes das cinco regiões brasileiras. Em caso de alto volume de inscrições, será elaborada uma lista de espera, podendo haver abertura de mais vagas.

Haverá bolsas para participantes e emissão de certificado pela UFMT para quem alcançar ao menos 70% de presença e participar das atividades propostas.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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