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Comissão de Direito Marítimo e Portuário trabalha por ampliação de varas especializadas

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A Comissão Especial de Direito Marítimo e Portuário realizou, de forma remota, na tarde desta terça-feira (14/6), sua primeira reunião. Todos os membros nomeados participaram do encontro. A presidente da comissão, Ingrid Zanella, afirmou que um dos objetivos discutidos no encontro foi o de trabalhar em defesa da ampliação das varas especializadas em direito marítimo e portuário nos tribunais estaduais. Segundo a presidente, a proposta é produzir um relatório com informações sobre a existência e demandas das varas especializadas nos estados.

“É importante identificar quais estados possuem varas especializadas para saber se há necessidade de criação delas para que as causas sejam julgadas de forma materialmente constitucional, por magistrados especializados no tema, com a eficiência esperada. Além disso, vamos disponibilizar os dados desse levantamento, para que a sociedade e a advocacia saibam quais tribunais possuem varas especializadas. Isso facilitará muito o trabalho da advocacia, inclusive quando for protocolar uma ação na temática nos locais em que pretende ou terá de atuar”, declarou Ingrid, que afirmou que o relatório ajudará a balizar o esforço em defesa de criação de varas especializadas em locais em que haja demanda.

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A presidente salientou que o debate realizado nessa abertura dos trabalhos da comissão estabeleceu como objetivo central do grupo a difusão do direito marítimo e portuário e o fomento do desenvolvimento econômico no país atrelado à segurança jurídica. “Dentro dessa perspectiva, queremos valorizar o exercício da advocacia em um ramo tão específico do direito. Só para se ter uma ideia, muitas universidades não possuem o direito marítimo na grade curricular de seus cursos”, explicou ela.

Ingrid disse ainda que será feito um levantamento de propostas de resoluções administrativas, de projetos de lei, de câmaras temáticas e de convenções internacionais que tratem de direito marítimo e portuário e que estejam em discussão no país. O objetivo é realizar um acompanhamento estreito dos debates, inclusive contribuindo com a experiência da comissão e de seus membros para o desenvolvimento dessas legislações. “Queremos acompanhar como está sendo debatido nosso direito marítimo e portuário nos órgãos e autoridades legislativas. Queremos colocar a comissão à disposição para auxiliar nessas formulações para que tenhamos leis cada vez mais eficientes para o desenvolvimento do país e da sociedade”.

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A presidente destacou ainda que o grupo concordou com um cronograma de reuniões mensais da comissão no formato remoto, com um encontro presencial a cada três meses. “Essa é uma grande novidade. Como a nossa comissão tem membros de diferentes partes do país, queremos realizar reuniões itinerantes. Brasília, como sede do Conselho Federal, será nosso norte, porém, queremos contemplar todas as regiões e dar oportunidade para que a advocacia local participe e seja ouvida em nossos encontros. Queremos saber a respeito das dificuldades e demandas regionais e contribuir com soluções”, afirmou Ingrid.

O cronograma debatido na reunião desta tarde inclui a realização de evento anual da comissão. “Teremos, em junho deste ano, em conjunto com a comissão da Seccional em São Paulo, nosso primeiro evento como foco social para debater a relação porto/cidade e desestatização, que são temas muito relevantes para o país. Além disso, queremos promover um evento anual como marco de nossa gestão nos próximos anos. O primeiro desses grandes eventos anuais deverá ser realizado no mês de novembro, em Brasília”, disse a presidente da comissão.

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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