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32% dos empresários no Estado são jovens, revela pesquisa do Sebrae/MT

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A escassez de vagas atrativas no mercado formal de trabalho tem levado jovens a enxergar o empreendedorismo como oportunidade profissional. Levantamento feito pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Mato Grosso (Sebrae/MT) especialmente para celebrar o Dia do Jovem – comemorado neste domingo (13 de abril) – aponta que 32% do empresariado local têm entre 18 e 34 anos. O fenômeno se intensificou após a pandemia (2021 a 2024), com um aumento de 13% no número de jovens empreendedores. Atualmente, mais de 160 mil são donos de negócios.

Para oito em cada 10 empresários desta faixa etária, as necessidades econômicas são o principal fator que os levam a iniciar seu próprio negócio, enquanto 36% relatam que o objetivo é obter autonomia e liberdade financeira. Também se verificou que 31% resolveram tirar o próprio negócio do papel em função de um cenário favorável para empreender. Além disso, 80% dos jovens já possuem CNPJ e, destes, mais da metade (52%) são microempreendedores individuais (MEIs). Quanto ao gênero, a maioria dos empreendedores é formada por mulheres (52%).

Na visão da diretora-superintendente do Sebrae Mato Grosso, Lélia Brun, o imediatismo dos jovens para ter sua própria renda, aliado à saturação do mercado profissional, fez com que a migração para o empreendedorismo se tornasse um processo natural. “Grande parte daqueles que investem em comandar a própria empresa consegue conciliar a pouca bagagem com inovação e conhecimento de novas tendências. Muitos deles, inclusive, iniciam nos negócios da família e dão continuidade a eles”.

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Embora os jovens estejam mais ligados ao segmento de tecnologia – com 75% presentes nas redes sociais e 31% atentos às ações de marketing digital –, o estudo mostra que o panorama atual é um pouco diferente em relação ao campo de atuação no empreendedorismo. Assim como os empresários maduros, quatro em cada cinco jovens empresários estão inseridos nos setores de serviços e comércio, especialmente nas áreas de beleza e estética, alimentação e bebidas, e transporte e logística.

Desafios e soluções

Os maiores obstáculos da atividade, de acordo com os jovens, são questões de ordem macroeconômica como a falta de capital de giro (38%), o acesso restrito às linhas de crédito (33%) e o patamar elevado da taxa básica de juros (20%). Já 34% dos entrevistados apontam a burocracia excessiva na execução de procedimentos como empecilho, enquanto 25% destacam que a concorrência acirrada é um dos principais desafios.

Segundo a analista Técnica do Sebrae/MT, Amanda Alves, a falta de experiência é um ponto de atenção para 24% dos jovens. Ela avalia que essa realidade pode aumentar a incerteza e o risco na tomada de decisão, o que torna crucial a busca por capacitação, mentorias e recursos de apoio. “Como a maioria dos jovens empreendedores tem situação financeira fragilizada, é fundamental se qualificar para adotar estratégias assertivas e reduzir riscos”.

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Pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 1.109 jovens empreendedores de 18 a 34 anos, donos ou sócios de pequenos negócios (formais e informais) no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

A superintendente Lélia Brun destaca que pesquisas como esta, dos Jovens Empreendedores, são fundamentais para nortear o rumo da instituição em relação às estratégias de desenvolvimento de programas e projetos.

Conforme ela, todas as pesquisas aplicadas pelo Sebrae/MT são desenvolvidas pela Gerência de Inteligência Estratégica, que monitora o mercado e fornece insights para aprimorar as ações de apoio ao público. “A partir deste suporte, o Sebrae desenvolve estratégias que fomentam o empreendedorismo em Mato Grosso como, por exemplo, os programas e projetos voltados ao público jovens, entre eles Startup Garage, Bootcamp, Hackaton, Escolas inovadoras, Sebrae Hacking “, finaliza Lélia Brun.

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Sintap-MT enaltece atuação dos servidores do INDEA-MT em conquista histórica: Mato Grosso é declarado livre de febre aftosa sem vacinação

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Mato Grosso atingiu um marco histórico para a agropecuária brasileira. O estado foi oficialmente reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), durante a 92ª Assembleia Geral da entidade, realizada nesta quinta-feira (29), em Paris, França. Com o reconhecimento, o estado passa a deter o mais alto status sanitário internacional na produção de bovinos, bubalinos e suínos.

A conquista é resultado direto de um trabalho técnico, contínuo e comprometido realizado ao longo de mais de quatro décadas pelos profissionais do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA-MT), e cujo os servidores são representados pelo Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário e Pecuário do Estado de Mato Grosso (Sintap-MT).

Segundo a diretora financeira do Sintap-MT, a médica veterinária Maria Fernanda, o reconhecimento internacional é fruto de uma trajetória iniciada em 1979, com a criação do INDEA-MT. “Muitos se esquecem que isso começou há mais de 40 anos. Para erradicar a doença, foi preciso planejamento, campanhas de vacinação, ações educativas e fiscalização intensa em todo o estado”, relembra.

O último registro de febre aftosa em Mato Grosso ocorreu em 1996. Desde então, o controle da doença foi garantido por meio da vacinação em massa e de um trabalho permanente de educação sanitária junto aos produtores rurais, iniciativas conduzidas por servidores públicos com profundo conhecimento técnico e compromisso com a saúde animal.

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“A vacinação foi essencial, mas sem o trabalho de educação sanitária feito por nossos servidores e pelo comprometimento de todo o setor produtivo e produtores rurais, que entenderam a importância da vacinação, o controle da doença não teria sido eficaz. Foi a confiança no serviço público que nos trouxe até aqui”, destaca Maria Fernanda.

Avanço econômico e novos mercados

Com o novo status sanitário, Mato Grosso amplia suas oportunidades comerciais, passando a acessar mercados internacionais mais exigentes, como Japão e Coreia do Sul. A retirada da vacina, segundo a diretora do Sintap-MT, representa uma demonstração clara de que o estado possui pleno controle da doença, elevando o nível de confiança no sistema de defesa sanitária estadual e nacional.

Além disso, os recursos anteriormente destinados às campanhas de vacinação poderão agora ser redirecionados para reforçar as ações de vigilância e prevenção, garantindo a manutenção do status alcançado.

Valorização do serviço público

Para o Sintap-MT, a conquista simboliza uma vitória coletiva dos profissionais da defesa agropecuária. A presidente, Diany Dias destaca o papel fundamental do sindicato na valorização dos servidores e na melhoria das condições de trabalho.

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“Essa conquista mostra a importância do serviço público agropecuário. O Sintap-MT sempre esteve presente, lutando por concursos, estrutura nas unidades, condições adequadas para os servidores que atuam nas fronteiras e nas áreas de fiscalização. Não adianta ter mão de obra qualificada sem equipamento, sem treinamento, sem veículos adequados. Nosso papel sempre foi cobrar, apoiar e garantir que esses profissionais tivessem as condições necessárias para exercer suas funções com excelência”, afirmou Diany.

O sindicato reforça que a vigilância sanitária em todos os municípios de Mato Grosso é garantida justamente pela atuação dos servidores do INDEA-MT. “Somos parceiros dos trabalhadores e, sem eles, o reconhecimento da OMSA não seria possível. Essa vitória é nossa, e o Sintap-MT se orgulha de fazer parte dessa história”, finaliza a presidente da entidade.

Márcia Martins
Assessoria de Imprensa Sintap/MT
(65) 99243-2021

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