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Brasileiros na Bolívia: alunos de medicina relatam maus-tratos em internatos hospitalares

Os estudantes se uniram em busca de força e justiça após mais um brasileiro tirar a própria vida devido aos abusos durante o internato hospitalar

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A trajetória de estudantes brasileiros que buscam o sonho de se formar em Medicina na Bolívia está se tornando um pesadelo. Relatos de maus-tratos, condições desumanas e escalas abusivas vem sendo a trajetória enfrentada por esses jovens em hospitais bolivianos. Além da privação de direitos básicos, como alimentação e banho, muitos relatam pressões psicológicas que ultrapassam os limites do aceitável, transformando o ambiente de aprendizado em um espaço de sofrimento.

Diversos estudantes denunciaram abusos que ocorrem nos internatos hospitalares, entre os relatos mais preocupantes, constam “castigos” impostos por superiores, escalas de trabalho exaustivas e sem intervalos, além de ameaças constantes. 

Um aluno relatou: “Eles nos tratam como máquinas, sem descanso e sem dignidade. Não temos espaço para nos alimentarmos ou sequer tomarmos banho. Parece um campo de tortura.” Outro estudante compartilhou o desespero que sentem diariamente: “Somos jovens buscando um futuro, mas somos tratados como escravos. Nosso psicológico está completamente destruído.”

Apesar das denúncias, até o momento há pouca ou nenhuma resposta efetiva das autoridades bolivianas. Os estudantes clamam por ajuda internacional, principalmente do governo brasileiro, para que intervenha e lhes proporcione algum amparo. A sensação de abandono é evidente: “Parece que ninguém enxerga o que estamos passando. Pedimos socorro, mas todos estão de olhos fechados para o que acontece aqui”, escreveu um dos alunos.

As denúncias ganharam destaque após o senador Alan Rick (União Brasil) expor publicamente, nesta segunda-feira (18), uma série de abusos físicos e psicológicos enfrentados pelos brasileiros. Segundo o parlamentar, as condições a que os estudantes são submetidos configuram cenários de tortura e comprometem gravemente a saúde mental e física dos jovens.

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“O Brasil tem uma tradição, brasileiros estudam na Bolívia e muitos deles relatam esses maus-tratos e essas torturas. Se você tiver alguma informação importante, relevante, séria, pode enviar aqui no nosso Instagram, no direct, que nós vamos apurar”, afirmou Rick, que encaminhou as denúncias às autoridades brasileiras e bolivianas, incluindo o Ministério da Educação da Bolívia e a Embaixada Boliviana.

A situação atingiu um ponto crítico no último mês de novembro, com a trágica morte de Sebastião Peixoto, conhecido como Sebá, um estudante brasileiro de medicina em Cochabamba. Antes de tirar sua própria vida, Sebá escreveu uma carta desesperada, onde relatou os abusos enfrentados e pediu que sua história fosse usada para trazer à tona a realidade vivida pelos estudantes. “Eu tentei, pedi ajuda. Mas ninguém ouviu. Que minha morte sirva de alerta para aqueles que ainda têm esperança de mudar algo”, desabafou Sebá em sua despedida.

Ele vinha sendo submetido a intensas pressões psicológicas e físicas no hospital onde realizava seu internato.O estudante relata que chegou a pedir transferência do hospital que estava, porém além dos abusos, os responsáveis haviam pedido US$1500 dólares ( R$ 8661,45 reais – 19/11/2024).

A morte de Sebá abalou profundamente a comunidade acadêmica e trouxe uma nova onda de indignação entre os estudantes. Muitos enxergam o caso como o reflexo extremo do descaso e da negligência das instituições envolvidas. “O Sebá nos deixou, mas sua história precisa ser contada. Não podemos mais permitir que outros passem pelo mesmo e tenham o mesmo destino”, lamentou um colega.

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Diante desse cenário, a esperança dos estudantes recai sobre o governo brasileiro e organizações internacionais que possam intervir para garantir seus direitos. Eles pedem que a Justiça brasileira amplie a rede de apoio para aqueles que se encontram em situações de abuso no exterior.

Essa denúncia é um grito por dignidade e respeito, vindo de jovens que sonham em salvar vidas, mas que, por trás das portas dos hospitais bolivianos, lutam diariamente para salvar as suas próprias. O caso de Sebá é um marco de alerta: as vidas desses estudantes não podem mais ser ignoradas.

 

Confira:

 

Casos de suicídio constante

A nossa equipe buscou uma média de situações emergentes relacionadas a estudantes de medicina, assim foram apontadas evidências significativas de que essa população enfrenta uma alta prevalência de problemas de saúde mental, incluindo ideação e comportamentos suicidas. 

Um estudo brasileiro com estudantes de medicina revelou uma taxa preocupante de 8,2% de tentativas de suicídio ao longo da vida, valor muito acima da média da população geral​, este dado sugere que esses estudantes de medicina podem estar em maior risco devido a fatores como pressão acadêmica, exaustão e exposição a eventos traumáticos, uma situação que se repete desenfreadamente até hoje.

 

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Sebrae/MT promove AI Tour para capacitar líderes e empreendedores em Inteligência Artificial

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O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT) e a plataforma StartSe promovem a AI Tour, uma jornada prática de capacitação voltada para líderes e empreendedores interessados em aplicar a Inteligência Artificial (IA) em seus negócios. O evento conta com imersões sobre ferramentas como ChatGPT, Gemini, Leonardo AI e Promptly, abordando fundamentos, boas práticas e aplicações reais para acelerar estratégias e otimizar processos. A Inteligência Artificial é uma das prioridades da instituição.

De acordo com o diretor técnico do Sebrae/MT, André Schelini, a iniciativa realizada entre os dias 28 e 29 de agosto representa uma oportunidade única para que empresários adquiram diferenciais competitivos. “O objetivo é preparar gestores para atuar com inovação, otimizando processos e garantindo maior competitividade e vantagens estratégicas para seus negócios”, destacou. Entre os principais benefícios estão a redução de custos, aumento da produtividade e a automatização de tarefas, liberando gestores para decisões mais estratégicas.

A capacitação permite que os participantes compreendam o impacto da IA na gestão operacional, aprendam a criar agentes autônomos, desenvolvam projetos com o AI Canvas e descubram como proteger modelos de IA. Segundo o gerente de Inovação do Sebrae/MT, Lucas Moreira, a metodologia foi pensada para gerar resultados imediatos. “Será uma imersão prática e de alto impacto, com aplicações que empresários poderão implementar já durante a jornada”, afirma.

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Assessoria especializada

Além do AI Tour, o Sebrae/MT mantém outras iniciativas de apoio à transformação digital dos pequenos negócios. Em Cuiabá, a Sala de Inteligência Artificial, instalada na Agência Sebrae Cuiabá, no Goiabeiras Shopping, oferece atendimento especializado, consultorias e acesso a tecnologias aplicáveis ao dia a dia das empresas. A estrutura faz parte da estratégia de inovação do Sebrae, que busca democratizar o acesso às ferramentas digitais e estimular uma cultura de experimentação entre empreendedores.

O Sebrae/MT já capacitou 199 professores e atendeu cerca de 1.600 clientes em ações voltadas ao uso da Inteligência Artificial em diferentes áreas de negócios. Até o momento, foram realizadas 10 palestras sobre IA aplicada ao marketing digital, vendas, atendimento e gestão, que reuniram aproximadamente 1.000 participantes, além de cinco workshops voltados ao aumento de vendas no ambiente digital e à gestão multissetorial, com mais de 100 empreendedores.

A programação segue até novembro, com a oferta de 13 novos workshops multissetoriais que devem envolver cerca de 300 pessoas.

Fenômeno em expansão

Conforme aponta pesquisa do Setor de Inteligência de Dados do Sebrae/MT, 17% dos empreendimentos em Mato Grosso já utilizam alguma solução baseada em IA, principalmente em áreas de impacto rápido e mensurável. O atendimento ao cliente lidera as aplicações, com 85% das empresas usuárias automatizando interações, seguido pela gestão financeira (56%) e pelo marketing com análise de dados (54%). Outras áreas, como controle de qualidade (25%), automação de processos (19%) e desenvolvimento de produtos (15%), também começam a ganhar espaço.

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O estudo também identificou as principais barreiras para a popularização da tecnologia. A falta de conhecimento técnico foi apontada por 67% dos empresários, seguida da resistência à mudança (55%), da ausência de dados para treinar sistemas (52%) e dos altos custos (42%). Essas dificuldades são mais frequentes em setores como logística, recursos humanos e qualidade, que, apesar do alto potencial de ganhos, ainda são pouco explorados.

Outro desafio está na qualificação. Apesar de metade dos empresários se declarar otimista com o futuro da IA, apenas 6% afirmam ter uma estratégia definida para adotá-la, e 26% pretendem investir em treinamentos. Para enfrentar esse cenário, o Sebrae/MT tem ampliado sua oferta de capacitações, consultorias e soluções práticas.

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