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Empaer prevê comercializar 400 mil alevinos para recria e engorda até o final de abril

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Alevinos da espécie tambatinga produzidos na Estação de Piscicultura da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), localizada no município de Nossa Senhora do Livramento (42 km ao Sul de Cuiabá), estão sendo comercializados para recria e engorda em cativeiro. O chefe da Estação, Antônio Claudino da Silva Filho, afirma que a expectativa é comercializar 400 mil alevinos até o final do mês de abril.

Os preços são considerados os melhores do mercado. Os alevinos medindo de 3 a 5 centímetros estão sendo vendidos por R$ 300 o milheiro; de 5 a 8 centímetros a R$ 350 e de 8 a 10 por R$ 400 o milheiro. A entrega é imediata.

Na Estação, os piscicultores recebem orientações técnicas para a criação de alevinos em cativeiro. Antônio esclarece como pontos importantes para a criação o manejo, alimentação e nutrição dos peixes, qualidade e oxigênio da água, temperatura, densidade por metro quadrado, controle no cultivo e cadastro no Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) para a emissão da Guia de Transporte Animal (GTA). “É necessário estar cadastrado no Indea para transportar os alevinos até a propriedade rural”, ressalta Antônio.
Piscicultores recebem orientações técnicas para criação de alevinos

Os alevinos são transportados em embalagens plásticas com oxigênio e podem durar até 5 horas, até a chegada na propriedade rural. Filho informa que é importante o momento da soltura do peixe na água, verificando a temperatura para a climatização dos alevinos. “Para evitar choque térmico é necessário colocar a embalagem umas quatro vezes na água, por um período de 10 minutos. Pode colocar um pouco da água do tanque na sacola para evitar a perda e morte dos alevinos”, salienta.

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O produtor rural e representante comercial, Oacil Rodrigues da Silva Júnior, da Comunidade Retiro, em Poconé, comprou dois mil alevinos para recria e engorda em cativeiro e vai utilizar o pescado após 12 meses, para consumo da família e comercialização. Possui uma área de 35 hectares e tem quatro tanques de peixe, totalizando 7 mil metros quadrados de lâmina d’água. Há mais de quatro anos ele compra alevinos da Empaer e está satisfeito com a qualidade deles. “O cultivo de peixe ajuda a complementar a renda. Em apenas oito meses de criação, já comercializei peixes pesando quase 2 kg”, explica.
A entrega dos alevinos é feita toda sexta-feira e o transporte é por conta do comprador

O produtor rural José Maria Curvo, da Comunidade Ribeirão dos Cocais, em Nossa Senhora do Livramento, possui uma área de 8 hectares e vai distribuir 500 alevinos em um tanque de 800 metros quadrados, para a criação em cativeiro. O produtor compra alevinos da Empaer há muitos anos e trabalha com a piscicultura desde pequeno, conhece a atividade e tem experiência em produzir peixes. “Nessa quantidade de apenas 500 alevinos vou utilizar para o consumo da família, considerada uma excelente fonte de proteína que pode dar lucro também para os criadores”, comenta José Maria.

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A produtora rural Elaine dos Santos Feitosa, no município de Poconé, da Comunidade Santa Tereza, possui uma área de 10 hectares e comercializa mandioca, banana, abóbora, galinha, carneiro e suínos. Ela compra alevinos da estação há mais de 12 anos e recomenda para os piscicultores, devido à qualidade. Comprou 500 alevinos do tamanho de 8 a 10 centímetros.

Já o produtor Reginaldo Barros, da Comunidade Campo Alegre, em Nossa Senhora do Livramento, comprou 4 mil alevinos para comercialização. “Tenho seis represas e durante 12 meses, retiro peixes pesando 2 quilos e prontos para a comercialização”, esclarece.

Para adquirir alevinos da Empaer é necessário fazer reserva e encomendar – (65) 9606 0281/ 9973 5421. A entrega dos alevinos é feita toda sexta-feira e o transporte é por conta do comprador.
É necessário o cadastro no Indea para a emissão da Guia de Transporte Animal (GTA)

Fonte: GOV MT

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Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

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A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.

De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.

Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.

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“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.

Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.

O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.

“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.

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