MATO GROSSO
OAB: “Imagens mostram excesso, despreparo e desequilíbrio total”
MATO GROSSO
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Flávio José Ferreira, criticou e apontou falhas na ação da Polícia Militar que culminou com a morte de Diego Kalininski, de 25 anos, no último domingo (5), no Município de Vera.
“Fica claro nas imagens que houve excesso quando você vê um policial que saca a arma e atira repetidas vezes. O rapaz não estava armado, ele agrediu o policial, mas os militares não corriam risco nenhum. Despreparo, desequilíbrio total”, afirmou.
Diego estava acompanhado de amigos e reagiu à abordagem dos PMs. Desarmado, ele chegou a dar um soco em um dos policiais e tomar o seu cassetete antes dos disparos. Pelas imagens divulgadas nas redes sociais, foram efetuados pelo menos seis tiros.
Segundo Ferreira, a comissão tem acompanhado de perto e com preocupação ações violentas por parte de uma parcela da corporação militar.
Nesse caso, segundo ele, o excesso está registrado e comprovado pelas imagens.
Fica claro nas imagens que houve excesso quando você vê um policial que saca a arma e atira repetidas vezes. O rapaz não estava armado
Ferreira acha pouco provável que a linha de investigação que apura se os militares agiram em legítima defesa se consolide, uma vez que, pelas imagens, não se enquadraria nesse preceito legal.
“A legítima defesa que é ensinada em sala de aula para o aluno [de direito] mais iniciante é que o uso da força precisa ser moderado. Existe o princípio da inocência, mas as imagens ali são muito claras. Acho praticamente impossível nesse caso”, explicou.
“No nosso entendimento, houve sim excesso e excesso de pessoas que recebem dos cofres públicos e que em tese estão preparadas para defender o cidadão e não para atacar. Isso é profundamente preocupante e é preciso que a Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Militar repensem essa postura e ajam com rigor”, acrescentou.
Câmeras nas fardas
Segundo Ferreira, na manhã desta quarta-feira (8), será novamente apresentado na Assembleia Legislativa o projeto de lei que prevê a implementação de câmeras em fardas da Polícia Militar. O intuito seria justamente diminuir a violência em abordagens.
“Essa violência dos maus policiais vem acontecendo com certa frequência e, se não houver algum processo inibidor, vai aumentar”, afirmou.
“A maioria dos policiais sérios, honestos querem essas câmeras. Tudo hoje é filmando, as audiências do Tribunal de Justiça, da Assembleia Legislativa, da Câmera dos Vereadores, onde é público tem imagem veiculada. Agora por que o policial militar, que é um funcionário público, não quer mostrar suas ações? Quer esconder algo?”, completou.


MATO GROSSO
Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.
De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.
Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.
“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.
Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.
O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.
“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.
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