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Polícia prende em flagrante suspeito de submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão

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Um homem de 42 anos foi preso em flagrante pela Polícia Civil de Mato Grosso, em Ribeirão Cascalheira, na região leste do estado, por submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão, em uma propriedade rural.

Na sexta-feira (06.01) a Delegacia de Ribeirão Cascalheira tomou conhecimento de que trabalhadores estariam sendo usados para praticar esbulho possessório em uma fazenda no município.

Conforme a apuração da Polícia Civil, os trabalhadores foram contratados para permanecer na propriedade rural e realizar serviços gerais. Contudo, estavam sendo submetidos a condições degradantes de trabalho.

Na fazenda, a equipe policial constatou que as vítimas estavam em situação degradante, morando em uma casa sem água encanada, sem as mínimas condições de higiene e limpeza e alimentação adequada, sem cama e colchão para dormir. Os trabalhadores também não tinham comunicação, e condução para sair do local e não tinham registro como empregado.

O delegado de Ribeirão Cascalheira, Flávio Leonardo Santana, esclarece que se trata de um crime de alto potencial ofensivo, sendo o flagrante homologado pela Justiça Federal e a prisão convertida em medidas cautelares diversas.

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“O apoio da população é de grande importância nesses tipos de crime e qualquer informação a respeito desse tipo de ocorrência deve ser repassada para os órgãos policiais”, reforçou o delegado Flávio Santana.

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Débora Guerra defende saúde como eixo da sustentabilidade na Amazônia: “A formação médica precisa estar enraizada no território”

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Com a proximidade da COP 30, a Amazônia se torna, mais do que nunca, protagonista nos debates globais sobre clima, sustentabilidade e justiça social. Para Débora Guerra, CEO da Trivento Educação, instituição presente há mais de oito anos em Altamira (PA), esse cenário exige um novo olhar sobre a formação médica. “A saúde precisa ser compreendida como parte do ecossistema amazônico, e não apenas como um serviço”, afirma.

Débora destaca que a Trivento atua com um currículo médico voltado para as especificidades da região. “Trabalhamos com temas como doenças tropicais, saúde indígena, medicina de emergência e telemedicina. A ideia é que o estudante compreenda a realidade da Amazônia e atue dentro dela, criando vínculos com a população e enfrentando os desafios locais com conhecimento e sensibilidade cultural”, ressalta.

Para além da formação acadêmica, a proposta da Trivento busca consolidar programas de residência e estágios na própria região, incentivando os futuros médicos a permanecerem no território após a graduação. “A carência de profissionais especializados é um problema histórico em cidades como Altamira e em todo o Xingu. Formar médicos que compreendam as condições de vida locais é estratégico para transformar esse cenário”, enfatiza Guerra.

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Débora também defende o incentivo à interdisciplinaridade e ao trabalho em rede, fundamentais para o atendimento em áreas de difícil acesso. “O médico amazônico muitas vezes atua em contextos extremos, com poucos recursos e em articulação com equipes multiprofissionais. Por isso, nossa formação é integral, adaptada às realidades e aliada a políticas de valorização profissional”, explica.

Em diálogo com a COP 30, Débora propõe uma agenda que reconheça a saúde como parte essencial das dinâmicas socioambientais. “A saúde é determinante e consequência do meio ambiente. A degradação ambiental impacta diretamente a vida de indígenas, ribeirinhos e populações vulneráveis”, diz. A proposta da Trivento inclui investir em pesquisas interdisciplinares, com base científica robusta, e defender políticas públicas que integrem saúde, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Entre as propostas, estão a ampliação do uso de energias renováveis, a telemedicina como ponte entre Altamira e grandes centros médicos, e modelos de atenção primária que respeitem o contexto cultural e territorial. “Não é apenas sobre levar atendimento, mas sobre como esse atendimento se dá, com respeito ao modo de vida local e menor impacto ambiental”, ressalta.

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Débora reforça que a Amazônia precisa ser ouvida nos fóruns multilaterais. “A perspectiva amazônica tem que ser reconhecida como central no debate global sobre saúde e clima. E isso só é possível com protagonismo das comunidades locais, que carregam saberes fundamentais para a construção de soluções sustentáveis”, pontua.

A formação médica contextualizada é um passo decisivo rumo a um futuro em que saúde, ambiente e justiça social caminhem juntos. “A Amazônia não é um obstáculo, é uma potência. E formar médicos que enxerguem isso é transformar o cuidado em instrumento de desenvolvimento”, finaliza.

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