MATO GROSSO
Programação especial propõe evidenciar e agitar a resistência negra em Mato Grosso
MATO GROSSO
A história e os avanços da comunidade negra em Mato Grosso ficarão em evidência até o dia 21 de março durante a programação da 2ª edição do projeto Agitando a Resistência Negra. O evento é realizado pelo Instituto de Mulheres Negras (Imune-MT), com patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), e conta com rodas de conversas, festival de hip hop, mostra de cinema negro e premiação.
“Agitando a resistência negra vem agitar, fazer barulho, mostrar, tirar da invisibilidade a voz, as conquistas e o trabalho do povo negro. Somos mais de 60% da população do estado e queremos discutir, propor políticas, avaliar até que ponto avançamos e o que podemos avançar mais”, destaca a presidente e fundadora do Imune-MT, Antonieta Luisa Costa.
Antonieta relembra ainda que há diversos e valiosos trabalhos por todo o Estado e que o objetivo é continuar valorizando e evidenciando a história do povo negro em Mato Grosso.
“Essa edição, com a parceria da Secel, está sendo maravilhosa. É mais uma fase desse processo para trazer à tona as lutas, as conquistas, a esperança de que a equidade na política de direitos aconteça de fato”.
A programação do projeto conta com atividades online e presenciais que visam proporcionar momentos de reflexão e troca de saberes. Na noite dessa terça-feira (08.03), o tema da roda de conversa foi ‘Mulheres Negras: Cultura, Saber e Resistência’, e está disponível no Instagram @imunemt.
Nesta quarta-feira (09.03), às 19h, acontece a roda de conversa ‘Povos de Matriz Africana: Cultura e Resistência Negra’. Na quinta-feira (10.03), às 19h, a roda debaterá o tema ‘Imigrantes: Cultura e Resistência na Diáspora’. Ambos presenciais, os encontros serão realizados no Centro Cultural Casa das Pretas, que fica na Praça da Mandioca, em Cuiabá.
Na próxima segunda-feira (14.03), às 7h, a escola estadual Prof. Amorim Silva, localizada no bairro CPA 3, em Cuiabá, acolhe a roda de conversa ‘Mulheres, Periferia e Hip Hop’. E no dia 16 de março, às 18h, ocorre o debate online sobre ‘Afrofuturismo’, que será transmitido pela rede social instagram.
De 16 a 19 de março, a VI Mostra de Cinema Negro de Mato Grosso integra também a programação, com transmissão online. Já no dia 20 de março, a agenda fica por conta do Festival Hip Hop Contemporâneo, que será realizado na Praça Cultural do bairro Jardim Vitória, na capital.
Para encerrar a edição deste ano, o evento premia as personalidades que agitam a resistência negra em Mato Grosso. A premiação, que ocorre no dia 21 de março, às 19h, terá como palco o Cine Teatro Cuiabá.
“Convido todos e todas a celebrar conosco a existência negra. A ação tem financiamento do Governo de Mato Grosso, por meio da Secel, e é totalmente gratuito. São muitas as atividades, que já estão acontecendo, para celebrar a resistência, a cultura, a experiência, os modos de vida, as artes e as lutas negras”, convoca o secretário adjunto de Cultura da Secel, Jan Moura.
A 2ª edição do Agitando a Resistência Negra conta também com o apoio cultural da deputada federal Rosa Neide e dos parceiros Favelativa e Coletivo Quariterê.
Serviço
Agitando a Resistência Negra – 2ª edição
Quando: 07 a 21 de março de 2022
Atividades: rodas de conversas, festival de hip hop, mostra de cinema negro e premiação
Transmissões online e mais informações: instagram @imunemt


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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