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Representantes da agricultura familiar de MT buscam experiências exitosas na produção do café e do leite

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“Nosso segredo é estar sempre aperfeiçoando e buscando por tecnologias que ajudem no dia a dia”. Esse foi uma das dicas para o sucesso do cultivo do café que o presidente dos Cafeicultores Associados da Região das Matas de Rondônia (Caferon), Juan Travain de Souza, passou para representantes da agricultura familiar de Mato Grosso que foram aos Estado vizinho adquirir mais conhecimento para a expansão da cultura de MT.

A “Expedição de Mato Grosso a Rondônia: do cacau ao chocolate, do leite ao café”, oportunizou aos participantes conhecerem experiências exitosas nas cadeias produtivas do café e do leite. A iniciativa levou ao Estado vizinho uma comitiva com 40 pessoas, entre representantes da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), Prefeitura de Aripuanã, agricultores familiares, indígenas, representante do Consórcio do Vale do Juruena, e da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

A produção dos Cafeicultores Associados foi um dos destinos da comitiva de MT em Cacoal. Na oportunidade, o presidente Juan Travain de Souza e os pais, contaram como foi a evolução do café e das empresas da família no estado. Ele também destacou a importância de uma assistência técnica de qualidade e a escolha pela variedade de café Robusta Amazônico.

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Juan contou que, junto com os irmãos, produz o café em 140 hectares de área. “Nós investimos em um café de qualidade e estamos aprendendo também com outros estados como isso é possível”, frisou.

O grupo conheceu também o produtor Laudir Peterd Pagung. Ele e os irmãos investiram em maquinário para facilitar o manejo e aumentar a qualidade na produção de café. Em 14 hectares são seis tipos de clones da fruta. “Nossa meta é produzir este ano 125 sacas por hectare. A cultura exige muito trabalho e precisa ser planejada. Nossa assistência técnica é do Senar e o técnico é um grande parceiro e tem feito a diferença”.

Leite

O percurso teve ainda a fábrica de iogurte, a Yogo Milk – um dos investimentos no agronegócio da família do Cacoal Selva Park. A fazenda é tecnificada com área de pastejo irrigado em sistema rotacionado. Ao todo são 256 animais em 22 ha, resultando numa taxa de lotação de 12 UA/ha. Em lactação são 81 animais produzindo em torno de 972 litros dia.

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A produção de leite vai direto para a fábrica de iogurte. O grupo foi acompanhado pelo médico veterinário e sócio da empresa, Evandro Grassi. “Aqui investimos em um pasto de qualidade e, com isso, manter a produção de leite que abastece a agroindústria. Defendo que para produzir leite são necessários pequenos detalhes para ter grandes resultados”.

Sobre a expedição

Aconteceu de 14 a 21 de maio e faz parte do projeto “Sistemas Agroflorestais manejados participativamente com tecnologias agroecológicas”, realizado pela Empaer, em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), a Prefeitura de Aripuanã, e apoiado pelo Programa REM.

Saiba mais:

Expedição para Rondônia traz conhecimento e define metas para iniciar produção de cacau em Mato Grosso

Produzir cacau na agricultura familiar é promissor e expansão da cultura é expectativa para MT

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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