MATO GROSSO
Saúde de MT oferece especialização em enfermagem obstétrica com objetivo de reduzir número de cesáreas
MATO GROSSO
Durante a aula inaugural do curso, a secretária executiva de Estado de Saúde, Kelluby de Oliveira, pontuou que a qualificação é primordial para um atendimento eficiente que resulte na melhoria dos dados do Estado.
“Mato Grosso está entre os estados que mais realizam parto cesárea. Nossa meta é diminuir esses números a partir do trabalho acolhedor dos profissionais da enfermagem obstétrica. Para isso, são necessários profissionais qualificados, que realizem um atendimento humanizado, ético e eficaz”, disse Kelluby.
A enfermeira de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Cuiabá, Mariana Freire Wolf, contou que a especialização é a oportunidade que ela sempre sonhou. “Fiquei muito feliz com essa especialização. Ela conciliou com o desejo no meu coração que tenho desde quando eu era estudante. Espero aprimorar os serviços que já executo no SUS e, consequentemente, oferecer aos pacientes o melhor atendimento possível”, afirmou Mariana.
Já o enfermeiro do município de Várzea Grande, Gilliard Souza Lima, pretende qualificar o trabalho que já realiza no atendimento ao parto humanizado. “Trabalhei por anos na área da saúde indígena e já tenho contato com parto humanizado de cócoras e percebi que é necessário me especializar mais afundo na temática, pois meu objetivo é auxiliar num parto que respeite a mulher e seu corpo. Quero contribuir com a ciência e com a prática da enfermagem”, revela Giliard.
A diretora da Escola de Saúde Pública, Silvia Tomaz, explica que este é a primeira especialização voltada para saúde materna e neonatal, mas não é a última.
“Trabalhamos diuturnamente para qualificar de forma robusta nossos profissionais. Entendemos que a educação transforma vidas e a educação com amor muda cenários. Nossa equipe caminha para este objetivo e está empenhada em novas especializações que colaborem para um SUS mais humanizado, com atendimento qualificado e resultados satisfatórios”, contou Silvia.
Sobre o curso
Iniciaram a especialização enfermeiros que atuam como efetivos no Hospital Santa Helena; no Hospital Universitário Júlio Muller da Universidade Federal de Mato Grosso; no Hospital Geral e no Hospital São Lucas, em Várzea Grande. Integram ainda a especialização profissionais da Atenção Primária dos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Sorriso e Pontes e Lacerda, além de enfermeiros que atuam em comunidades no campo da saúde da mulher da criança.
O curso será concluído em 2025, totalizando 760 horas. Entre os temas trabalhados durante as aulas estão: política pública de saúde e o Sistema Único de Saúde (SUS); capacitação pedagógica; enfermagem na saúde da mulher; enfermagem obstétrica; – enfermagem neonatal; práticas obstétricas baseadas em evidências científicas; gerência do cuidado de enfermagem e o seminário de Trabalho de Conclusão de Curso.
Participaram da cerimônia da aula inaugural da especialização o presidente da Fundação Nova Suiça, Ângelo Junqueira; o superintendente de Atenção à Saúde da SES, Diógenes Marcondes; a presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-MT), Lígia Cristiane Arfeli; o diretor clínico do Hospital Santa Helena, Eduardo Sandrin; a diretora do Hospital Geral Universitário, Caroline Moura; a superintendente do Hospital Universitário Júlio Muller, Maria de Fátima, além de dos professores da especialização e de representantes da Secretária Municipal de Saúde de Várzea Grande, do Escritório Regional de Saúde de Cuiabá e da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Fonte: Governo MT – MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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