MATO GROSSO
Secretário diz que equipamentos subtraídos irão prejudicar atendimentos na Saúde de Cuiabá: “vidas irão perecer”
MATO GROSSO
No retorno dos servidores ao prédio da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, na manhã deste sábado (7), o secretário de Ordem Pública do município, Leovaldo Sales afirmou que os computadores e documentos subtraídos pela equipe de intervenção comprometem o atendimento e prejudicam, principalmente, os pacientes do interior de Mato Grosso. Segundo o gestor, foram levados pelo menos 20 computadores e documentos, entre eles alguns contratos. Levantamento é realizado e um boletim de ocorrência será registrado.
“Nós estamos fazendo um levantamento do que foi subtraído da Secretaria Municipal de Saúde, posteriormente vamos registrar um boletim de ocorrência relatando a situação de como estamos recebendo a Secretaria. A impressão que eu tenho é que a equipe de intervenção veio buscar talvez uma informação especifica. Não tendo tempo de levantar essa informação ou não encontrando, nos instantes finais, ela resolveu fazer uma devassa na Secretaria, levando, mesmo que sem mandado de busca e apreensão, todos esses equipamentos, comprometendo, mortalmente, todo sistema da Secretaria”, afirmou Sales.
A subtração dos equipamentos, de acordo com Sales, pode provocar o “engessamento” do sistema e até mortes. “Isso não é atitude de quem quer melhorar a saúde de Cuiabá. Até você fazer a recomposição de tudo que foi subtraído, eu penso que muitas vidas vão perecer”.
Os aparelhos eletrônicos e toda papelada foram levados da SMS na manhã de sexta-feira (6), período em que a equipe de intervenção do Governo do Estado ainda estava nas dependências do prédio. A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura já havia atendido pedido liminar do município para suspender a intervenção, mas o Governo do Estado ainda não havia sido notificado oficialmente. A notificação foi realizada por um oficial de Justiça às 19h44.
Sobre a possível autonomia da equipe de levar o material da Pasta ainda no momento da intervenção, Sales disse que caberá a Justiça analisar se a subtração estava dentro da legalidade.
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MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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