MATO GROSSO
SES aponta benefícios do medicamento Gliclazida no tratamento da diabetes
MATO GROSSO
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), por meio da Núcleo de Avaliação e Tecnologia, apontou os benefícios da substituição do medicamento Glibenclamida pelo Gliclazida no tratamento da diabetes. A intenção é que gestores municipais orientem os profissionais da Rede Básica de Saúde sobre os benefícios do remédio, que está disponível na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
A explanação ocorreu durante a 3ª reunião ordinária da Comissão Intergestores Bipartite de Mato Grosso (CIB-MT), realizada nesta quarta-feira (27.04), no auditório da Controladoria Geral de Mato Grosso (CGE).
A proposta que dispõe sobre a medicação Gliclazida, considerada mais segura, eficaz e com custos semelhantes à Glibenclamida, foi apresentada pelo presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e da Associação Mato-grossense de Atenção ao Diabético (Amad) e médico endocrinologista da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), Marcelo Maia Pinheiro.
“A Gliclazida é considerada uma ‘sufa’ de segunda geração, ou seja, um medicamento mais moderno. Nele, a molécula foi modificada para causar menos hipoglicemia. Com isso, o paciente que é diabético ganha menos peso. O medicamento tem uma parte da molécula que têm efeitos anti-inflamatórios e protetores para o diabético. O que diminui os eventos cardiovasculares, principalmente acidente vascular cerebral, derrame cerebral e mortalidade cardíaca geral, gerando um benefício muito grande”, pontuou o endocrinologista.
A secretária de Estado de Saúde e presidente da CIB, Kelluby de Oliveira, reforçou os benefícios da medicação, uma vez que é mais segura e eficaz, e frisou a importância de capacitar os profissionais especializados. “Com o objetivo de capacitar as equipes de saúde do SUS sobre as vantagens e a segurança da Gliclazida, será proposto ao Telessaúde um curso para toda a rede de médicos dos municípios para mostrar as vantagens do medicamento, como prescrevê-lo e porque ele é melhor”.
O medicamento já é financiado pelo SUS na relação nacional de medicamentos. No entanto, no momento, só depende de cada município a escolha pela medicação. De acordo com o endocrinologista, um dos estudos que avaliaram a segurança da Gliclazida evidenciou que houve uma redução de novos casos de insuficiência renal em pacientes, fato que diminui a ida do paciente para a hemodiálise.
“Por tudo isso é que a gente vem pedindo a substituição. Ela tem uma diferença de custo muito pequena, mas pela comodidade do paciente, tomar apenas uma vez por dia, o investimento vale apena, porque a adesão é maior em relação aos medicamentos que precisam ser tomados de duas a três vezes ao dia, como é o caso da Glibenclamida. As pessoas esquecem”, ponderou o médico.
Foi reforçado pelo presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso (Cosems-MT) e secretário municipal de Saúde de Nova Ubiratã, Marco Antonio Norberto, para que brevemente seja marcada uma reunião com o grupo de médicos dos municípios, para que recebam orientações técnicas sobre medicação.
Para a secretária municipal de Saúde de Apiacás, Fabiana Pessoa, essa orientação irá influenciar em melhores condições farmacológicas e de assistência à população. “Alguns municípios já têm o medicamento na sua rede municipal, porém a gente precisa ter essa qualificação para os profissionais médicos da rede básica de saúde. Para que eles façam essas adequações e a gente possa garantir mais qualidade de vida aos nossos usuários”.


MATO GROSSO
Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.
De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.
Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.
“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.
Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.
O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.
“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.
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