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Turismo rural tem potencial para ser explorado em MT e ser mais uma fonte de renda

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O Encontro de Turismo Rural e Agricultura Familiar 2023, realizado durante a Feira Internacional de Turismo do Pantanal (FIT), teve a abertura na manhã de sexta-feira (05) e se estende até este sábado (06), no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. O evento é realizado pela Secretaria de Estado e Agricultura Familiar (Seaf) e Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), com o objetivo de profissionalizar e fortalecer o setor, fomentar a cadeia do turismo, capacitar pequenos empreendedores nas regiões que têm potencial para ser explorado, transformando a vida de pessoas com novas fontes de renda e mais oportunidades.

A secretária de Estado da Agricultura Familiar (Seaf), Tete Bezerra, destaca que o turismo rural tem muito potencial de crescimento em Mato Grosso, pois o Estado tem muitas belezas naturais e para o produtor familiar é uma outra fonte de renda. Conforme Tete, os turistas conhecem na propriedade rural a história dos moradores, a atividade agrícola no campo, a gastronomia, processamento de alimentos e também cachoeiras, rios, grutas, montanhas, animais silvestres, diferentes espécies de pássaros e muito mais. Essa é uma forte atividade econômica que conta com o apoio dos técnicos da Empaer e Seaf no atendimento dos agricultores na transformação de suas propriedades.

Abertura do Encontro de Turismo Rural e Agricultura Familiar/ 2023.

O presidente da Empaer, Renaldo Loffi, destacou que o turismo rural tem movimentado a economia, gerado empregos e promovido uma solução a mais para o produtor complementar a sua renda. E lembrou, que a Empaer é uma parceira e que tem trabalhado para o funcionamento da atividade turística em várias regiões do Estado. “Temos técnicos capacitados nessa área que poderão auxiliar os agricultores a compreender melhor a atividade e espero que o Encontro possa mostrar oportunidades de serviços que podem ser aplicados nos empreendimentos”, enfatiza Loffi.

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Dentro da programação,está acontecendo a Feira de Exposição e Vendas de Produtos da Agricultura, que conta com a participação de mais de 50 expositores de vários municípios do Estado. Estão sendo comercializados produtos como doces, licores, queijos, xarope, temperos, derivados da banana (doces, salgados, frita, chips), salames, matrinxã defumada, farinhas de vários sabores, café orgânico, mel, própolis, produtos agroecológicos (babaçu, farinha de coco), artesanatos, mudas exóticas, ornamentais e nativas, pacotes e promoção de trilhas e turismo rural no Estado e outros. A feira está aberta ao público no sábado e domingo (6 e 7), das 14 horas às 22 horas.

O casal de agricultores, Dalva Cristiana do Nascimento e Silvio Ponciano Martins, do município de Tangará da Serra, proprietários da Estância Recanto dos Sonhos, trabalham com o turismo rural desde 2022, na Comunidade Vale do Sol um. A agricultora Dalva fala que a ideia do turismo é trazer o consumidor dentro da propriedade para mostrar como vive o homem do campo. Ela destaca que o turista acaba conhecendo a gastronomia, artesanato, criação de pequenos animais e outros. “Fazemos pimenta em conserva, doces diversos, mel (jataí), artesanato com couro de peixe, sementes do cerrado, sabão e muito mais. Mostramos o nosso modo de consumo consciente a todos que nos visitam”, esclarece Dalva.

O casal de agricultores, Dalva e Silvio

O agricultor familiar Marcos Sguarezi do município de Chapada dos Guimarães, proprietário do Sítio Monjolinho, localizado no Vale da Benção, trouxe para comercializar na Feira melaço de cana com pimenta. Ele explica, que a iguaria já está no mercado da Baixada Cuiabana. O produto é feito com o caldo da cana-de-açúcar combinado com pimenta dedo de moça. O consumo é muito simples, pode ser utilizado nas saladas, frutas, queijos, carnes, sorvetes, drinks e etc. “Esse produto é inovador e foi criado em Mato Grosso. E ainda, utilizo o bagaço da cana para alimentar a caldeira e fazer mais caldo de melaço”, explica Sguarezi.

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A agricultora e empreendedora, Zilair Martins, do município de Nossa Senhora do Livramento, do Empório Serra Pantaneira, trouxe para a Feira cachaça de cana-de-açúcar com sabores de frutas do cerrado (sementes, cascas e raízes), licores, banana frita chips e outros. Conforme Zilair, a cachaça é feita no alambique da propriedade e já possui o registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Outro produto que é bastante comercializado é a banana chips que utiliza na produção a cultivar BRS Terra-Anã, desenvolvida pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e Empaer adaptada para atender à demanda do mercado consumidor. “A maior felicidade que tenho é poder gerar renda para a minha comunidade Morro Cortado com o trabalho que realizo com muito amor”, esclarece Martins.

Agricultora e empreendedora, Zilair

Fonte: Governo MT – MT

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Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

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A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.

De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.

Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.

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“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.

Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.

O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.

“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.

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