MATO GROSSO
Usina extinguiria espécies de peixes no Rio Cuiabá em até 30 anos
MATO GROSSO
A pesquisadora da Universidade Federal de Mato Grosso, Luiza Moura Peluso, afirmou que a construção de Usinas e de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) ao longo do Rio Cuiabá poderia extinguir uma série de peixes da região e afetar a comunidade ribeirinha.
O tema ganhou os centros das discussões regionais e até nacionais após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir pela inconstitucionalidade lei estadual que proibia a instalação de usinas hidrelétricas em toda a extensão do rio.
Na mesma semana, a secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) negou o pedido de licença prévia da empresa Maturati Participações S.A para a construção de 6 PCHs projetadas para o Rio Cuiabá.
Bióloga com doutorado em Ecologia, Luiza explicou que o processo reprodutivo de peixes migradores como o pacu, pintado, dourado e a piraputanga seria afetado diretamente por esse tipo de construção, pois interromperia o ciclo de reprodução.
“Mudando o fluxo e reduzindo a água disponível vai afetar a biodiversidade e o principal grupo afetado por essas hidrelétricas seria o de peixes. A longo prazo, vamos dizer de 10 a 30 anos, esses peixes poderiam sim se extinguir localmente no Rio Cuiabá”, afirmou a pesquisadora.
A longo prazo, vamos dizer de 10 a 30 anos, esses peixes poderiam sim se extinguir localmente no Rio Cuiabá
“Para cumprir esse ciclo, eles necessitam desse movimento entre os rios que ficam na planície, região do Pantanal, com os rios que ficam aqui no planalto, na a região da Bacia do Cuiabá. Pesquisas já mostram que o Rio Cuiabá é um dos principais pontos de desova para essas espécies”, acrescentou.
Empresas alegam, por outro lado, que a medida seria benéfica, com “muita energia para pouco dano ambiental”, e que o ciclo reprodutivo dos peixes não seria interrompido, usando, elevadores para peixes e outros sistema que permitam a transposição
“Vejo essas declarações como justificativas para defender a construção das hidrelétricas. Mas pesquisas mostram que muito dessa energia produzida nas hidrelétricas acabam não sendo usadas para a região que elas estão. Não vejo como favorável”, afirmou Luiza.
Segundo a pesquisadora, a transposição de peixes e elevadores defendida como medida paliativa aos impactos ambientais é, também, “questionável”.
“Tem vários casos, principalmente na bacia do Paraná, que já mostraram que essas medidas não são eficazes para os peixes, porque eles ocupam diferentes profundidades do rio. Algumas espécies são prejudicadas da mesma forma”, afirmou.
Luiza disse, ainda, que hoje não há uma forma de construção mais “ecológica” de usinas e PCHs e que a alternativa é encontrar outras formas de produção de energia, como a solar.
“As PCHs são infraestruturas de alto impacto ambiental e sua construção envolve toda uma descaracterização e degradação do local”, explicou.
“No Rio Cuiabá, por exemplo, não tem cachoeiras ou queda livre, logo seria necessário construir barragens, represar o rio e isso mudaria totalmente a paisagem que a gente vê hoje, mudaria o curso do rio, das matas ciliares, tudo”, afirmou.
Base da alimentação
A população ribeirinha e de pescadores que tem no peixe a base de sua alimentação e da sua renda familiar seriam os mais afetados.
A diminuição ou extinção de algumas espécies de peixes no Rio Cuiabá, representaria, portanto, um risco real de insegurança alimentar, segundo a especialista.
“Toda a cadeia pesqueira seria prejudicada, os donos de hotéis e de restaurantes também. O peixe é muito usado na gastronomia cuiabana, isso impactaria também as populações tradicionais que o usam como a principal fonte de alimento”, disse.
Outras mudanças
Os danos e impactos graves a partir desse tipo de construção não param por aí. Segundo Luiza, com a mudança no fluxo de água e de nutrientes do Rio Cuiabá, um dos principais afluentes do Rio Paraguai, o Pantanal seria drasticamente prejudicado.
“O Rio Cuiabá tem o papel de abastecer e ajudar a regular o ciclo de seca e cheia no Pantanal, então, com as barragens das hidrelétricas o fluxo de água disponibilizado para inundação e formação das cheias poderia ser reduzido, resultando em secas mais longas”, afirmou.
Perderia um pouco dessa exuberância de fauna e flora
Com essa desregulação a biodiversidade como um todo sofreria as consequências e o Pantanal, hoje tido como ponto turístico do mundo, “perderia um pouco dessa exuberância de fauna e flora”, disse.
O Rio Cuiabá corta 13 cidades ao longo do seu percurso e, em consequência das secas prolongadas, é possível também o aumento gradual e significativo de temperatura.
“Nossa cidade já é seca e ficaria ainda mais. Haveria um aumento de temperatura e dos efeitos das mudanças climáticas que já ocorrem, além de menor disponibilidade de água, que poderia resultar em uma insegurança hídrica para a população”, completou


MATO GROSSO
Grupo Petrópolis reforça compromisso com a sustentabilidade

O Grupo Petrópolis — maior cervejaria com capital 100% nacional e detentor de marcas como Itaipava, Petra e TNT Energy — reforça seu compromisso com a sustentabilidade neste Dia Mundial do Meio Ambiente. A companhia destaca os avanços da sua agenda de metas ESG que reúne metas socioambientais ambiciosas até 2030, com investimentos em descarbonização, economia circular e educação socioambiental, tendo como foco um futuro mais sustentável.
A redução das emissões de CO₂ em suas operações segue como um dos principais indicadores ambientais da companhia neste ano. A meta é reduzir as emissões de toda as operações até o fim do ano, que se encontra hoje em 43,9 kg por hectolitro produzido.
A meta faz parte da agenda ESG do Grupo Petrópolis desde 2023, ano em que realizou seu inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE), que segue o padrão internacional do Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol) e corresponde à medição das emissões de gases de efeito estufa decorrente da cadeia de suprimentos, produção industrial e distribuição até os centros de distribuição. Para isso, a empresa vem promovendo ações focadas em eficiência energética,
redução de desperdícios e adoção de boas práticas ao longo de toda a cadeia produtiva e logística.
“A sustentabilidade é um compromisso de longo prazo e faz parte da nossa estratégia de negócio. Temos plena consciência do nosso papel como indústria e buscamos agir de forma responsável em todas as etapas da cadeia produtiva. Nossas metas de descarbonização refletem essa visão e estão alinhadas com os principais compromissos globais de preservação do meio ambiente”, afirma Alaercio Nicoletti Junior, Head de Sustentabilidade e Inovação do Grupo Petrópolis.
Outros esforços da companhia envolvem a implantação de uma política de compras sustentáveis, com a seleção de fornecedores alinhados com práticas socioambientais para minimizar emissões indiretas e impulsionar a inovação sustentável na cadeia de suprimentos.
Outros projetos ambientais
No campo da gestão de resíduos, o principal projeto do Grupo Petrópolis há 10 anos segue alinhado ao conceito de Aterro Zerro, que garante o reaproveitamento de praticamente todo o volume de resíduos produzidos pela cervejaria na produção de bebidas. Atualmente, apenas 0,17% (cerca de 500 kg) dos resíduos são destinados a aterros sanitários, índice considerado de excelência no setor. O reaproveitamento contempla, por exemplo, a utilização de resíduos cervejeiros na alimentação animal e no fornecimento de insumos para a produção de laticínios na queijaria da empresa anexa à fábrica de Teresópolis (RJ). Em 2023, a venda desses resíduos gerou uma receita de R$ 30 milhões — superando o volume total de resíduos gerados no período.
Na fábrica de Alagoinhas (BA), houve uma redução de 23,5% na geração de resíduos industriais. Já em Itapissuma (PE), a empresa encontrou uma nova opção para reutilizar os resíduos plásticos, que são de difícil reciclagem, em materiais como telhas, que além de sustentáveis têm alto valor agregado. “O desenvolvimento dessas soluções nasce da nossa preocupação constante com os desafios socioambientais do país e do mundo. Queremos ser parte ativa na construção de soluções sustentáveis”, reforça Nicoletti.
O compromisso do Grupo Petrópolis também dialoga com dados críticos sobre o cenário ambiental no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (ABREMA), o país gera aproximadamente 77 milhões de toneladas de resíduos por ano, e cerca de 40% desse volume acaba em aterros sanitários. Outro dado alarmante vem do estudo do Blue Keepers, projeto ligado ao Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), que mostra o Brasil como responsável por 3,44 milhões de toneladas de plástico que chegam aos oceanos todos os anos.
Além das ações operacionais, outro importante pilar da agenda ESG do Grupo Petrópolis é a educação socioambiental. Por meio do programa Cidade Sustentável, mais de 14 mil pessoas – entre estudantes, familiares e comunidade – são impactadas por ações que promovem a consciência ambiental. Hoje, o programa atende 47 escolas municipais com conteúdo sobre descarte correto de resíduos, uso consciente de água e energia, e mudanças climáticas.
As ações ambientais têm papel estratégico para o Grupo Petrópolis – tanto no que se refere à produção quanto ao relacionamento com as comunidades. Por isso, as iniciativas ganham destaque neste Dia Mundial do Meio Ambiente, reforçando o compromisso da companhia com o futuro do planeta e das próximas gerações.
SOBRE O GRUPO PETRÓPOLIS – O Grupo Petrópolis é a única grande empresa do setor cervejeiro com capital 100% nacional. Produz as marcas de cerveja Itaipava, Petra, Black Princess, Cacildis, Vold X, Cabaré, Weltenburger, Crystal e Lokal; a cachaça Cabaré; a vodca Nordka; as bebidas mistas Fest Drinks by Itaipava, Crystal Ice, Cabaré Ice e Blue Spirit Ice; os energéticos TNT Energy e Magneto; os refrigerantes It!, Tik Tok e a Tônica Petra; a bebida esportiva TNT Sport Drink; e a água mineral Petra. O Grupo possui oito fábricas em seis estados e mais de 140 Centros de Distribuição em todo o País, sendo responsável pela geração de mais de 22 mil empregos diretos. Saiba mais em www.grupopetropolis.com.br e no perfil @grupo.petropolis nas redes sociais.
Para mais informações: Néctar Comunicação Corporativa – grupopetropolis@nectarc.com.br
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