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Plantão da Mulher registra em quase dois anos mais de 1,4 mil prisões em flagrante de crimes sexuais e violência doméstica

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Raquel Teixeira/Polícia Civil-MT

Unidade em funcionamento 24 horas na Capital para atender vítimas de violência doméstica e sexual, o Plantão de Atendimento Polícia Civil, criado há quase dois anos pelo Governo do Estado, se consolidou como a principal porta de entrada para o primeiro acolhimento a mulheres, adolescentes e crianças que necessitam do auxílio da instituição em ocorrências no âmbito da Lei Maria da Penha e também de crimes sexuais.

Em quase dois anos, o Plantão da Mulher registrou 1.429 prisões em flagrante por crimes relacionados à violência doméstica e sexual. Apenas neste ano, já foram 186 pessoas autuadas e presas em flagrante.

Além disso, foram requeridas na unidade policial 3.606 medidas protetivas para vítimas, considerando o período de setembro de 2020 a março deste ano. Apenas este ano, foram solicitadas 436 medidas, até a segunda semana de março.

A delegada Jannira Laranjeira, que coordena o Plantão da Mulher, apresentou os números dos atendimentos a representantes do Poder Judiciário, Ministério Público Estadual e Governo do Estado. Ela destacou a atuação da equipe psicossocial, com assistentes sociais e psicóloga, no acolhimento humanizado diário às vítimas que chegam ao plantão, sejam elas mulheres que sofreram algum tipo de violência doméstica ou vítimas de crimes sexuais, adultas ou menores de idade.

“Após procurar voluntariamente o plantão ou nas ocorrências que são encaminhadas pela PM, é a equipe psicossocial que faz esse primeiro acolhimento com as vítimas, que aplica a avaliação de risco e dialoga com essa vítima para compreender o contexto em que ela vive essa situação de violência, se há filhos, qual a necessidade dessa vítima. E nos casos de crimes sexuais, há a escuta especializada, quando se trata de menores de idade, para que essa vítima não sofra revitimização. Enfim, é um trabalho delicado, sensível, feito com muito profissionalismo pela equipe”, apontou a delegada.

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A unidade absorve em torno de 33% dos procedimentos de plantão que antes eram realizados nas Centrais de Flagrantes da Polícia Civil em Cuiabá e Várzea Grande. “O Plantão tem essa particularidade porque funciona com um trabalho psicossocial e de acolhimento 24h, que é o diferencial. Faz o atendimento especial a essas vítimas que chegam na unidade em busca de apoio, de acolhimento e da atuação policial para enfrentar a violência que está sofrendo”, explica o delegado regional de Cuiabá, Wagner Bassi.

Os procedimentos que vão originar inquéritos policiais e  as medidas protetivas já são cadastrados diretamente no Processo Judicial eletrônico (PJe), do Tribunal de Justiça, totalmente integrado ao sistema da Polícia Civil. Os procedimentos são remetidos depois às delegacias especializadas que darão sequência às investigações conforme o perfil das vítimas e o crime a ser apurado.

Ambiente humanizado

Desde que o Plantão da Mulher foi inaugurado, em setembro dem 2020, as equipes policiais da unidade realizaram mais de 12.400 oitivas de vítimas, testemunhas e suspeitos. A unidade conta com salas de espera, de atendimento psicossocial, brinquedoteca, além dos cartórios e sala das delegadas. O espaço foi mobiliado e decorado em uma esforço empreendidos pela primeira-dama do Estado, Virgínia Mendes, que com apoio de parceiros providenciou todo o mobiliário, paisagismo e decoração dos ambientes, além da montagem da brinquedoteca.

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Juíza da 1a Vara da Violência Doméstica de Cuiabá desde 2016, a magistrada Ana Graziela Vaz de Campos afirmou que a instalação do Plantão 24h foi uma vitória para o atendimento às vítimas de violência doméstica na Capital. “Esse trabalho realizado aqui é essencial, pois a medida protetiva é um papel que precisa ser acompanhado de políticas públicas, de acompanhamento, encaminhamento. E a vítima tem aqui esse apoio da equipe multidisciplinar”.

A promotora do Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência na Capital, Elisamara Vodonós Portela completou a afirmação da magistrada e parabenizou o trabalho das equipes policiais e multidisciplinares. “O trabalho da equipe do plantão é fundamental para plantar essa semente da quebra do ciclo de violência e dar segurança para a vítima, com uma delegacia aberta 24h para receber essa mulher. E essa equipe abnegada é contagiada pela atuação da unidade, pois não é apenas o trabalho de polícia, mas de garantia de direitos que se faz aqui”.

Fonte: PJC MT

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Operação Prende Suspeitos de Envolvimento em Ataques a Casa e Escritório de Advogado

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A Delegacia da Polícia Civil de Lucas do Rio Verde deflagrou a Operação Contra Impetum para cumprir nove mandados judiciais, nesta quinta-feira (16.1), contra integrantes de uma facção criminosa envolvidos no ataque à casa e escritório de um advogado e a uma empresa da cidade.

Estão em cumprimento seis ordens de prisão e três de buscas e apreensões empregando um efetivo de policiais civis da região, com apoio da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil.

A operação é uma contrarresposta da Polícia Civil aos ataques ordenados por membros da facção criminosa contra três locais em Lucas do Rio Verde. Os mandados foram deferidos pelo juízo da 5a Vara Criminal de Sinop, de combate ao crime organizado.

O primeiro ataque ocorreu no dia 1° de novembro contra a sede de uma empresa agrícola. O segundo foi registrado na noite de dois de novembro, contra o escritório do advogado. No dia seguinte, a residência do profissional foi também alvo de disparos de arma de fogo.

Investigação

Com o início das diligências investigativas, a equipe da Delegacia de Lucas do Rio Verde apurou que na data anterior aos ataques ao escritório e casa do advogado, a sede de uma empresa agrícola na cidade também foi alvo de disparos de arma de fogo.

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As investigações apontaram que os ataques foram ordenados por dois integrantes de uma facção, identificados no inquérito policial, e executados por cinco outros criminosos ligados ao grupo. Um dos líderes da facção chegou a enviar mensagens ao advogado dizendo que o profissional teria que ‘devolver’ um veículo, recebido como pagamento de honorários. O empresário também recebeu ameaças por mensagens.

As diligências identificaram os autores dos ataques, sendo um deles preso no decorrer da investigação. Conforme a apuração, os executores afirmaram que o ataque ao escritório era ‘pra dar um susto no advogado’, pois o profissional estaria, supostamente, dando golpe em clientes. A Polícia Civil também identificou a outra dupla que fez os disparos que atingiram a casa do advogado.

Em relação ao ataque à empresa agrícola, a investigação apurou que os disparos foram ordenados por duas pessoas contra quem o empresário havia ajuizado uma ação sobre a disputa de um imóvel em Lucas do Rio Verde. Após a vítima entrar com a ação, passou a receber ameaças.

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Reaver veículo e desistência de ação

De acordo com a apuração, o advogado atuou na defesa de duas pessoas presas em flagrante em outra ocorrência. Como pagamento pelos honorários, ele havia recebido um veículo.

Contudo, o cliente tentou reaver o veículo, mesmo sem pagar os honorários combinados. Em uma das oportunidades, o cliente teria saído do escritório do advogado afirmando que resolveria a situação de uma forma ou de outra.

As informações reunidas na investigação indicaram que o cliente defendido pelo advogado fez contato com os criminosos que lideram a facção em Lucas do Rio Verde e pediu que empregassem alguma ação para fazer o advogado devolver o veículo usando, para tal fim, qualquer meio violento.

Além disso, o mesmo investigado também pediu aos criminosos que empregassem uso de violência contra o empresário para forçá-lo a desistir da ação judicial em andamento. Diante dos pedidos criminosos, os líderes da facção recrutaram os cinco suspeitos identificados na investigação para fazer os disparos contra os três locais.

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