CRISE NO LULISMO
Lúdio evita lembrar aliança com Silval e alerta Stopa para não “infartar” em Cuiabá
MATO GROSSO
Após ser duramente criticado pelo vice-prefeito José Roberto Stopa (PV), seu colega de Federação, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) afirmou que o gestor está muito nervoso e precisa ter cuidado para não sofrer um infarto fulminante. Isso porque, na tarde de terça-feira (22), Stopa teceu duras críticas à Cabral e insinuou que o petista teria ligação com o ex-governador Silval Barbosa, acusado de corrupção enquanto comandou o Governo do Estado.
Lúdio concorreu à prefeitura de Cuiabá em 2012 com o apoio de Silval. No entanto, o ex-mandatário só foi preso pela ilicitude anos depois.
A confusão entre petista e pevista se dá porque PT faz parte da Federação Brasil da Esperança ao lado do PV e do PC do B e as três agremiações precisam indicar, em consenso, um nome que disputará à prefeitura de Cuiabá nas eleições do ano que vem. No Partido dos Trabalhadores, há dois nomes que se destacam: Lúdio Cabral e da professora Rosa Neide, atual diretora da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
No PV, José Roberto Stopa postula ao cargo no Palácio Alencastro. Já o PC do B ainda não sinalizou que irá propor um candidato e deve ser o voto decisivo dentro da federação lulista.
Porém, a conjuntura política começa a se complicar porque os petistas querem se distanciar da atual gestão municipal, comandada por Emanuel Pinheiro (MDB) e Stopa deverá continuar com o “Pinheirismo”. “Stopa está muito nervoso. Ele precisa ficar mais calmo. A eleição é daqui um ano e dois meses. Então, tem muito tempo até lá. Eu não sei se ele tem pressão alta, mas se tiver, vai chegar na campanha e em uma semana ele infarta. Ele precisa ter muito cuidado com a própria saúde dele”, rebateu Lúdio Cabral, que é médico, na manhã desta quarta-feira (23).
O petista não quis comentar sobre a suposta associação com Silval e atribuiu a fala do vice-prefeito ao nervosismo. “Não quero debater a fala que o Stopa fez. Ele deve ter as razões dele para estar estressado. Não vou entrar nesse mérito. Isso é produto do nervosismo do Stopa”, pontuou.
O parlamentar afirmou que irá a Brasília (DF) na semana que vem para conversar com o diretório nacional, presidido pela deputada federal Gleisi Hoffmann (PT) e só depois tomará uma decisão, em definitivo, sobre sua candidatura. “Eu vou a Brasília, na semana que vem, para dialogar com o diretório nacional porque eles querem que as candidaturas sejam definidas até outubro para que esses nomes sejam levados as federações nos municípios. Só tomarei uma decisão depois do diálogo que farei com as lideranças nacionais para decidir se apresento meu nome ou não para que o PT possa trabalhar com o cenário de uma eventual candidatura minha ou não”, explicou.
O legislador voltou a dizer que o conflito entre o continuísmo e a oposição existe na Federação, será difícil de resolver. “O que eu argumentei em todos os meus pronunciamentos é que temos uma equação na Federação que precisa ser resolvida. Não temos resposta para ela ainda. Temos de um lado o PT que quer construir um projeto de mudança em Cuiabá, independente de quem seja o nome. E de outro lado há a pré-candidatura do Stopa, legitima, mas que é uma candidatura de continuidade da gestão Emanuel Pinheiro. Então, de um lado temos oposição e do outro um projeto de continuidade, precisa ser resolvida porque não cabem no mesmo projeto. Não tem porque ficar nervoso por causa disso. Da minha parte não é troca de farpas. Não entendi o nervosismo dele. Não é ataque fazer uma leitura da realidade e dizer que essa candidatura representa um projeto de continuidade, isso não é nenhum demérito. É uma leitura de realidade”, reiterou.
Por fim, Lúdio Cabral afirmou que não sabe quais serão os critérios adotados pela Federação para tomar uma decisão entre os pretensos à prefeitura da Capital de Mato Grosso. “O método por meio do qual a Federação tomará a decisão é uma questão sem resposta. Não sabemos qual o critério a Federação usará para definir o candidato. São três partidos que sentarão à mesa e têm legitimidade para apresentar nomes. Mas, como será feito não está definido”, revelou.


MATO GROSSO
Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.
De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.
Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.
“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.
Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.
O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.
“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.
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