Search
Close this search box.
CUIABÁ

MATO GROSSO

Medeiros entra com requerimento e pede convocação de juiz e jornalistas

Publicados

MATO GROSSO

O deputado federal José Medeiros (PL-MT) apresentou um requerimento na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados solicitando a convocação do juiz instrutor do Supremo Tribunal Federal (STF), Airton Vieira; do ex-chefe da assessoria no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro; e dos jornalistas Fabio Serapião e Glenn Greenwald.

O objetivo da convocação é investigar a divulgação de diálogos que, segundo Medeiros, evidenciam um suposto conluio para a elaboração de relatórios pelo TSE que posteriormente embasariam decisões do ministro Alexandre de Moraes contra bolsonaristas no inquérito das Fake News no STF, durante e após as eleições de 2022.

Medeiros, que é um dos líderes da oposição na Câmara Federal, também solicitou a convocação de Fabio Serapião e Glenn Greenwald devido à informação de que os dois jornalistas possuem seis gigabytes de conversas trocadas entre assessores de Moraes de ambos os tribunais, na época em que o ministro acumulava os cargos no STF e no TSE.

O pedido de convocação ocorre após a Folha de S.Paulo divulgar trocas de mensagens, na maioria entre o juiz instrutor, assessor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, e Eduardo Tagliaferro, perito criminal que, na época, chefiava a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE. Nos áudios aos quais a imprensa teve acesso, os dois conversavam sobre uma imposição, de forma não oficial, de produção de relatórios pela Justiça Eleitoral.

Leia Também:  Vigia Mais MT tem 126 municípios habilitados e 11.360 câmeras de monitoramento entregues

“A convocação dos citados no requerimento visa apurar esse escândalo, que afeta a Justiça e a democracia no Brasil. Os diálogos mostram que, na época, o presidente do TSE, órgão de maior autoridade nas eleições, teria mandado assessores usarem a máquina pública para perseguir apoiadores de Bolsonaro. Ainda tem gente dizendo que nada grave aconteceu. Precisamos investigar a fundo. Se esse escândalo passar em branco, todo o nosso Judiciário será manchado, e isso não é justo com os outros magistrados”, afirma Medeiros. Ele também mencionou o processo eleitoral de 2022. “Tivemos uma eleição em que a balança estava pendida, disso ninguém tem mais dúvidas.”

Após aprovação do requerimento na CCJ, os depoimentos serão oficialmente agendados.

Impeachment

Medeiros faz parte de um grupo de parlamentares que defende o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Nesta quarta-feira (15), senadores e deputados federais anunciaram que irão protocolar um pedido de impeachment coletivo contra o ministro do STF no dia 9 de setembro. Eles já começaram a recolher assinaturas para o documento.

Leia Também:  Detran realiza palestras e atividades em escolas sobre segurança no trânsito

“Vamos pedir ao presidente do Senado que abra esse processo de impeachment para investigarmos tudo o que vem acontecendo no Brasil desde 2022. A pressão popular será fundamental para resgatarmos a democracia do nosso país”, conclui José Medeiros.

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Decisão do STJ obriga juízes do TJMT analisar essencialidade de grãos em RJ de produtores rurais

Publicados

em

O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu provimento ao recurso especial interposto por produtores rurais, e reformou acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), obrigando os juízes a realizar novo julgamento sobre extraconcursalidade dos créditos e da essencialidade dos grãos no processo de recuperacional.

Os produtores entraram com recurso após o Juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Rondonópolis deferir a recuperação judicial dos recorrentes, mas considerar que o crédito executado era de natureza extraconcursal, pois decorria de contrato de Barter com emissão de Cédula de Produto Rural (CPR), não se submetendo aos efeitos da recuperação. Porém, no julgamento, o Tribunal afastou a essencialidade dos grãos sem justificar as razões de tal medida.

Em sua decisão, o ministro destacou que o acórdão do TJMT se limitou a afirmar a extraconcursalidade do crédito com base na natureza da CPR, proveniente de contrato de Barter, porém, sem discorrer sobre a exceção prevista no artigo 11 da Lei 8.929/1994.

Leia Também:  Feira de Adoção no Parque Tia Nair terá 37 bichinhos à espera de um lar

“Assim, não há elementos no acórdão que possam subsidiar, de forma concreta, a extraconcursalidade atribuída à CPR, muito menos a não essencialidade dos grãos para garantir o cumprimento do plano de recuperação”, diz trecho da decisão.

Operação Barter é uma operação financeira entre produtor rural e empresas de produtos utilizados no agronegócio, uma modalidade de crédito em que o pagamento ocorre de uma forma diferente do crédito convencional. Por meio de um acordo realizado antes da colheita, o produtor adquire insumos agrícolas e realiza o pagamento com os produtos que ele cultiva em sua lavoura. Isso quer dizer que não é preciso fazer o pagamento antecipado em dinheiro.

De acordo com o advogado do Grupo ERS e especialista em recuperação judicial, Allison Giuliano Franco e Sousa, a decisão traz mais segurança jurídica aos produtores rurais.

“Em um período em que os pedidos de recuperação judicial no campo crescem a cada novo levantamento divulgado, temos uma sinalização de um ministro do STJ que diz que o argumento dos produtores rurais para ficarem com os grãos, pois são bens essenciais para a manutenção da atividade é o suficiente. Com a decisão, o STJ obriga os juízes a se manifestarem sobre a essencialidade dos contratos de Barter, não podendo serem retirados imediatamente da recuperação judicial, isso traz mais segurança jurídica aos produtores”, explicou.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA